5 filmes para lembrar, com amor, de Robin Williams

Robin Williams disse uma vez em um de seus filmes: “Não importa o que as pessoas te digam, palavras e ideias podem mudar o mundo”. E, afirmo com muito amor e saudade, que suas palavras em muitos filmes mudaram a minha forma de enxergar o mundo, o outro e a mim. Sempre desempenhando papéis incríveis, foi um ator que conquistou fãs no mundo todo, mas fez mais do que isso: Conseguiu deixar mensagens em cada um de seus papéis.

Acho engraçado a capacidade que alguns atores têm de transcender a tela e nos fazerem pensar que estamos ali em cena com eles, e, assim, conseguem nos emocionar, fazer rir e sentir o verdadeiro objetivo da arte que é o de tocar pessoas e Robin fez isso muito bem.

Se tem uma pessoa que eu gostaria de ter a honra de encontrar para sentar e conversar, essa pessoa é o grande e incomparável: Robin Williams. Separei aqui os meus filmes preferidos nos quais ele atuou e que me impactaram positivamente para o resto da vida.

1 – Sociedade dos poetas mortos

A trama se passa na escola de Welton Academy, famosa por formar grandes médicos, engenheiros e advogados, sendo conhecida por seus valores tradicionais e rigidez com os alunos. Robin Williams, faz o papel de um professor de literatura, John Keating, que através de sua sabedoria e talento vai contra o pensamento tradicional da escola que promove pensamentos iguais aos alunos e, arriscando o próprio emprego, busca trabalhar a individualidade de cada um, inspirando-os a serem aquilo que desejam e trabalharem para realizar os seus reais sonhos e não os de suas famílias.

Através da poesia, John mostra aos seus alunos a importância do pensamento, de aprender a contestar e se impor, sendo assim, “pensadores livres”, libertando-os de suas zonas de conforto.

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Repleto de grandes conselhos, como esse: “Garotos, vocês devem se esforçar para encontrar suas próprias vozes. Porque quanto mais vocês esperarem para começar, menos provável que vocês possam encontrá-la. Thoreau disse: “A maioria dos homens leva uma vida de desespero silencioso”. Não se rebaixem a isso. Saiam!”, o filme mostra a dificuldade de quebrar as regras impostas pela sociedade para viver o nosso verdadeiro “eu”. Dramático, emocionante e incentivador.

2 – O Homem Bicentenário

Ah! Esse filme é demais. Indo contra as expectativas de um futuro robotizado, o filme aborda o desejo que um robô, Andrew, interpretado por Robin Williams, tem de se tornar humano e sua capacidade de sentir, às vezes, muito mais do que os próprios humanos.
Uma família norte-americana o adquire para realizar tarefas domésticas simples, mas aos poucos vão percebendo que o robô apresenta características humanas, como: inteligência, emoção, curiosidade e o mais incrível: personalidade própria.

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Durante o longa, Andrew faz amizade com uma pessoa capaz de o ajudar a aprimorar sua aparência, fazendo-o humano exteriormente. Porém, por dentro, Andrew continua sendo um robô, mas até o final do filme luta para mostrar à sociedade que ele é sim, humano.

Uma mistura de comédia, ficção científica e drama, é um filme que vale a pena assistir para se questionar justamente sobre a essência do ser humano. O que define a humanidade de um ser? Sua aparência? Sua essência? Seus sonhos, medos?

3 – Amor além da Vida

Romântico e dramático, o filme mostra a capacidade que o amor tem de realizar aquilo que conhecemos por: impossível.

Robin interpreta Chris Nielsen, um médico reconhecido, marido, pai de dois filhos e de uma dálmata. Tudo ia muito bem na família até que um acidente tira a vida de seus filhos, causando problemas emocionais ao casal, mas de forma mais intensa em Annie, esposa de Chris.

Após quatro anos de luto e luta, Annie já melhor, tem que lidar de novo com a dor da perda quando seu marido morre em um acidente de carro e vai para o paraíso.
Chegando ao paraíso, Chris percebe que o seu céu tem relação com as pinturas dos quadros de Annie, que é uma grande artista. Lá, ele reencontra figuras do seu passado que se apresentam a ele com uma aparência diferente até que ele consiga descobrir quem a pessoa realmente é através de sua essência, buscando recordações.

Chris fica sabendo que Annie cometeu suicídio, e, assim, foi para o inferno e era sabido que nenhuma alma condenada ao inferno conseguiria sair de lá, pois, aos poucos vão esquecendo dos outros e de quem são. Não aceitando isso, Chris começa uma jornada para resgatar Annie, fazendo referência a obra: Divina Comédia, de Dante Alighieri. No caminho, ele é acometido por recordações boas, ruins, questionamentos e surpresas.

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Seguindo o lema que sempre dizia a sua família: “Nunca desistam”, Chris segue em frente apesar de todas as adversidades, correndo o risco de ficar preso no inferno para ter de volta o amor de sua vida.

4 –  Patch Adams, o amor é contagioso

Robin interpreta Hunter “Patch” Adams, o qual tenta suicídio e é internado voluntariamente em uma clínica psiquiátrica. Na clínica, ajudando pacientes com o seu bom humor, Patch descobre o desejo de ser médico e ajudar pessoas usando isso. Dois anos depois de sua saída da instituição, começa a faculdade de medicina.

O problema é que ele não tem pensamentos e nem métodos convencionais, o que contraria muitos estudantes e professores no começo porque ainda assim, “brincando” com a medicina, ele se torna o melhor aluno.

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Uma de suas frases mais famosas é a seguinte: “Você prefere terminar a vida, com alegria, coisas legais e humor, ou continuar a desgraça que é morrer, na tristeza, na ruindade?”,e, com ela, ele prova que o amor é de fato contagioso, pois, brinca com os pacientes, faz com que eles riam e se divirtam, realizem suas fantasias e sonhos.
Além de usar o humor na medicina, Patch cria uma clínica, com ajuda de alguns amigos, para ajudar aqueles que não têm condição de ir até o hospital. Porém, ele enfrenta grandes problemas e tristezas no que diz respeito ao seu tempo passado na clínica. Porém, mesmo conquistando, aos poucos, o amor de seus colegas, o reitor da Universidade procura um motivo para expulsá-lo e é então que Patch descobre que o seu amor realmente contagiou muita, muita, muita gente quando se vê apoiado e rodeado por pacientes, colegas, alunos e enfermeiras no dia de seu julgamento.

Baseado em uma história real, o filme é contagiante, engraçado, inspirador e emocionante. Um nariz de palhaço nunca caiu também em um médico como caiu em Patch Adam, embora ele tenha inspirado muitos médicos por aí a se tornarem: Doutores da Alegria, usando não só o mesmo narizinho vermelho, mas também o amor como forma de cura, muito mais do que um simples diploma.

5 – Gênio Indomável

Já vou começar com uma curiosidade que descobri na internet enquanto escrevia sobre esse filme e que amei: Matt Damon e Ben Afflek, que atuam no filme, foram também os roteiristas. Que parceria, não é mesmo?

Mais uma vez, Robin Williams desempenha um papel enigmático, profundo e repleto de mensagens. Ele é o psicólogo Sean Maguire, responsável pela terapia de Will Hunting, interpretado por Matt Damon, um gênio da matemática escondido atrás da aparência de um jovem rebelde que trabalha como servente na Universidade de Boston.
Após solucionar uma equação matemática que um professor, Lambeau, deixou na lousa em um corredor e ser descoberto como o autor, ele desperta atenção. Não bastasse, soluciona outra que levou dois anos para que o professor resolvesse.
Porém, por ser encrenqueiro e rebelde, ele acaba preso, mas o professor Lambeau, por se interessar em sua intelectualidade consegue um acordo com o juiz para que Will seja solto. São duas condições: que ele o monitore e faça terapia.

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Mas o gênio indomável não se deixa ser analisado facilmente, o que faz com que nenhum psicólogo queira trabalhar com ele. Tudo muda quando ele conhece Sean, que não se deixa assustar pela rebeldia do jovem de vinte anos e, indo contra todas as experiências de abandono vividas por Will, Sean não vai a lugar nenhum e não desiste de ajudá-lo a se encontrar. robin-willianss

A lista de filmes de Robin Williams é enorme, como: A babá quase perfeita; Aladdin, onde interpreta o gênio da lâmpada; Tempo de despertar; Uma noite no museu, e, muitos outros. Com seu falecimento em 11 de agosto de 2014, o que nos resta é recordar, através de seus papéis, o dom que ele possuía de ser ator. Tanto que atuou em vida e saiu de cena antes do que esperávamos.

Algum papel de Robin Williams te marcou? Me conta aqui. Você já sabe os meus.

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