Então foi Natal. E o que você fez?
Comeu um peruzinho e umas frutas secas, aguentou o tio do pavê e passou seu melhor perfume pra sentar no sofá da sala da sua avó e assistir à missa do galo? Brindou com uma taça de Chandon, abraçou um […]
Comeu um peruzinho e umas frutas secas, aguentou o tio do pavê e passou seu melhor perfume pra sentar no sofá da sala da sua avó e assistir à missa do galo? Brindou com uma taça de Chandon, abraçou um […]
Perdoar é uma das coisas mais difíceis que existem nesse mundo. A gente faz a posição invertida na yoga, calcula derivadas de funções reais, lê O Jovem Werther – em alemão e sem cometer suicídio. A gente faz cem abdominais […]
A gente tem que ser a melhor. Na escola, na faculdade, no trabalho. Tem que tirar a melhor nota. Fazer o melhor TCC. Preparar o melhor relatório. Pra enviar pro Chile. Pra algum líder apresentar como se fosse obra dele […]
Venho de uma família com uma longevidade incrível. Tem uma baciada gente aqui que dura mais de 90 anos. Alguns ultrapassaram os cem, e ninguém morre antes dos 70. Sei que já contei essa história algumas vezes pra algumas pessoas. […]
Um evento, duas reuniões, três brainstormings, quatro calls, cinco contratos para assinar, seis pastas para organizar, sete textos para escrever, oito planilhas para editar, nove convites para enviar, dez pepinos para resolver. Nem um litro de água. Nem um cacho […]
Entro no carro – dos outros, porque não sei dirigir e não faço a mínima questão de saber. A legislação de trânsito manda botar o cinto de segurança. Eu boto, porque sou obrigada. E também porque gosto. Me sinto abraçada, […]
Nunca fui uma mulher exatamente bonita. Sabe quando a gente se pega olhando para alguém e pensando “nossa, essa pessoa seria maravilhosa se tivesse os olhos um pouco menos caídos”? Sou tipo isso. Eu seria linda se tivesse os traços […]
Venho de uma família – por parte de mãe – longeva. De mulheres mais longevas do que homens, aliás. E, salvo raras exceções, absolutamente lúcidas. Pra você ter uma breve noção, minha bisavó morreu aos 94, na banalidade de uma […]
Eu sorrio, mas carrego nos ombros toda a culpa do mundo. Escravidão, genocídio indígena, floresta Amazônica devastada. Tragédia do ônibus 174, atentado à boate Pulse, branco chamando preto de moreninho. De escurinho. De macaco. Acaba de entrar um moço no […]