Fellipo Rocha é poeterapeuta, músico e idealizador da página Corpoesia. Além disso, escreve pelos sorrisos que perde, todas as vezes em que não sai de casa.
Que entenda que nem sempre acordaremos bem e, que mesmo de mal-humor, amaremos do mesmo jeito. Que entenda que nem sempre nos sentiremos seguros e que precisaremos sim, de periódicas declarações de amor. Que nem sempre gostaremos daquele seu amigo […]
Ana costumava responsabilizar o tempo. Quando se atrasava, dizia que não dera tempo. Quando não dormia, dizia que faltara tempo. Quando não conseguia, dizia que não houvera tempo. Ana sonhava com um lindo casamento, mas sempre dizia que passara o […]
Nós, que dividimos durante anos as eternidades de uma vida inteira, hoje, mal nos cumprimentamos na fila do supermercado. Temos sido, portanto, o pior tipo de estranhos: aqueles que já se amaram. Nos tornamos recém desconhecidos há pouco mais de […]
Tempo para parar de sofrer e para esquecer de chorar. Tempo para desentristecer e para desanuviar. Tempo para voltar a viver e para – novamente – se alegrar. Tempo para se abster e para se acostumar. Tempo para parar de […]
De que vale um status de relacionamento com cem curtidas, se os beijos não duram sequer um minuto? De que servem dezenas de declarações públicas quando o que realmente importa é resolvido em modo privado? Qual o sentido em ostentar […]
Costumo pensar em você, pequena, antes mesmo de abrir os olhos, antes do primeiro bocejo, antes mesmo do primeiro suspiro de coração apertado, que castiga o meu peito despertado e, se manifesta sempre, quando me lembro que você não está […]
No princípio os cabelos eram outros, negros e cacheados, naturalmente rebelados e, modelados apenas pelo brilho da noite enluarada, representada pela minha tiara florida e – como a lua – prateada. Você chegou de vez, para revirar os telhados da minha razão, […]
Encontrei nos teus olhos, o brilho que eu acreditava estar extinto nos meus. A luz que há muito tempo estava apagada nos meus. A ternura que eu já não reconhecia nos meus. Encontrei nos teus olhos a cor já esquecida, […]
Encontro a tua casa até de olhos fechados. Reconheço a tua voz a quilômetros de distância. Reconheceria teu cheiro em meio a uma multidão e, a tua respiração, sob qualquer circunstância. Minhas cócegas reconhecem teus dedos, os desejos do meu […]