Baiana, escritora, roteirista e mestranda em artes. Autora de As Mulheres que Possuo (2014) e Ser adulta e outras banalidades (2017). Às vezes é Amèlie Poulain e às vezes é Homer Simpson. Escreve às quartas e come vatapá às sextas.
Eis aquilo que bate à porta de todo recém-solteiro uma vez na vida: os primeiros encontros. É hora de conhecer gente nova, se deixar conhecer e socializar. Há um protocolo comum a quase todos eles: “Olá, vamos sair, quer um […]
“Filha, você almoçou? Não come hambúrguer de novo, eu fiz aquele picadinho de abóbora. Comprei chocolate de sobremesa. Olha, nosso chocolate preferido é o mesmo! Que tosse é essa? Toma aqui esse xarope. É assim mesmo, não dá pra curar […]
Eu já pensara algumas vezes sobre como saber ir embora é a coisa mais imprescindível para uma vida dita madura – e, quem sabe, feliz. Eu estava quase convencida de que a vida era mais sobre abandonar do que sobre […]
Foi num daqueles dias em que você coloca algo para tocar e vai fazer outra coisa. Só como trilha sonora, mesmo. Sem prestar muita atenção. A maioria das músicas se contenta em ser pano de fundo, mas não as especiais. […]
Era um encontro casual que tinha tudo pra dar certo. Um cenário bonito e tranquilo, um cara em quem eu investia há um tempo e aquele friozinho que implora pra ser sanado. Um vinho, um violão e o conforto que […]
Reza a lenda que existem homens que tem medo de mulher segura. Que correm dez léguas quando veem uma moça que divide a conta do restaurante, sai sozinha sem precisar de guarda-costas, dorme o sono dos justos mesmo que não […]
É difícil escrever com essa coisa estranha no meu peito. Talvez eu desse tudo por uma máquina que simplesmente apagasse você de mim – como naquele filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, que vimos juntos, mas você dormiu […]
“Engole esse choro, menina!” – Passei a infância escutando esse conselho. Fui criada pela mulher mais forte que eu conheço, em cujo rosto raramente vi rolar uma lágrima. Só no velório do meu avô ou nas vezes em que o […]
“Eu nunca te amei, idiota”. Foi o que eu disse para te deixar partir. Se você soubesse, em algum momento, o quanto o amor que eu lhe tinha ainda era latente, teria ficado. E sido infeliz ao meu lado com […]