Deixa eu falar de você

Vou brincar com as palavras descrevendo você e o seu jeito de me olhar porque você anda como se soubesse dos passos que dá e vive como se tivesse a certeza de que tudo o que faz para a história vai ficar.

Por isso, vou te escrever nesse texto, porque você merece ser visto, lido, ouvido e sorte a minha poder também te tocar.

Vou dizer que se eu rio é porque você, com esse sorriso largo, é mar e quando eu tô triste, te ligo perdida, você não diz nada e já vai me encontrar. Abre um sorriso e se torna abrigo quando tudo parece querer desmoronar.

Vou gritar que esses olhos castanhos são um poema escrito em versos que piscam ao invés de falar. E piscam assim lentamente, tão leve e tão calmamente que é como se fossem descanso para quem observa o seu jeito de olhar.

Vou confessar que foi esse seu jeito, cabelo bagunçado, barba por fazer, moletom, bermuda e chinelo que me fez, primeiro, te olhar. Mas foi o seu coração, o seu jeito de segurar minha mão, sua vontade de rodar o mundo e os pensamentos de vida que você tem que me fizeram te querer sempre perto.

Eu quero. Te quero sempre comigo, faça chuva ou sol, mas quero. Porque você tem um “quê” de mistério, mas não faz suspense quando o assunto é amar e me ama como se abraçasse todas as feridas que eu trago no peito e as cicatrizes expostas cheias de histórias que eu nem preciso contar.

Porque quando você me abraça, quando passa o braço por cima do meu ombro e beija minha testa, eu sei que é você. Você é o amor de cinema que a vida me trouxe em um dia cinza. E por gostar de poema (ainda não acredito), prometo fazer um quando você voltar e te esperar no portão de desembarque segurando aquela flor branca que você me deu. E vê se volta logo porque eu tô com saudade. Quero abraço, beijo demorado, filme no sofá. Volta.

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