E agora?

E agora que conseguiu chegar até aqui e tudo aquilo que parecia épico, já perdeu a graça? E agora que está afogando-se nessa sensação insuportável advinda da falta de novas paixões? E agora que olha lá fora e vê todos os carros, muros, edifícios e as pessoas todas vestindo tons iguais? E agora?

Pra onde vai? De onde virá? Vai tentar mudar os hábitos de novo? Ou simplesmente arriscará uma marca nova de cigarro? E agora? Onde estão as coisas que um dia lhe foram apaixonantes ao ponto de fazer-te perder todo o chão enquanto sentia o céu? Onde estarão todos aqueles corações que mesmo de longe conseguiam desritmar o seu? E agora? Pra onde irá? Como vai se virar? E agora?

Será mesmo que precisa de novos ares?

Será mesmo que precisa de novos bares?

Será mesmo que precisa de novos lares?

E agora, Amanda?

E agora, João?

E agora, Camila?

E agora, Frederico,

E agora, Mariana?

E agora, Ricardo?

E agora, Renata

E agora, José

E agora, Bárbara

E agora, Drummond?

Agora só nos resta parar com tanto “E agora?“ e começar a aplaudir o “agora”.

Comentar sobre E agora?