O querer de um amor verdadeiro

Hoje, queria lembrar como seria amar genuinamente. Como seria dividir a coberta e os olhares no silêncio de um beijo de alma vibrante. Sem os orgulhos que nos envolvem, sem as fotos que nos insistem, sem a felicidade constante que nos cobram. Queria, pelo menos um pouco, fugir desse planeta que tudo sabe, e, viver no segredo e na emoção de um amor sincero.

Viver as fases inéditas da vida, mas sem perder a presença de quem me ilumina. Caminhar sozinho, mas ver naquele céu de imensidão a certeza do esperar de alguém. Ter a companhia de quem se ama; num infinito totalmente nosso e repleto de estrelas que alimentam o sossego dos nossos corações.

Deitado à lua, deixaria meus vazios de lado e ficaria rente ao sussurro das palavras-sorrisos que trocaríamos. Me deixaria ser desvendado, me deixaria amar e ser amado, me deixaria viver, para nunca me arrepender daquilo que um dia não fui.

Não tenho sonhos incabíveis, almejo pouco, mas, sincero. Seja o beijo ou a vontade de dividir os anseios e lençóis. Nesse meu íntimo, confesso, que aquele abraço de despedida está doendo até hoje. A duras penas, aprendi como num minuto cabem horas de amor e sofrimento. Francamente, espero que passe, pois, hoje a solidão já virou de estimação.

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