Para sempre enquanto houver nós

Entre tanta gente, eu não escolhi você, nem você me escolheu. Simplesmente aconteceu assim.

É engraçado, não é? A gente passa a maior parte do tempo imaginando como o futuro vai ser, mas ele sempre consegue surpreender.

Terça-feira à tarde, avenida paulista, eu passei, você sorriu, eu retribui. Quanto tempo se passou? E a gente se perdeu.

Depois, em uma festa, eu te vi, você me reconheceu e veio conversar comigo todo animado, mas eu estava com outro cara. Você se foi. Quanto tempo tem? E a gente se desencontrou.

Viagem para Foz do Iguaçu, mesmo avião, assentos próximos demais. Você dormia de mão dada com ela. Não deixei que você me visse, mas eu te olhei o tempo todo. E a gente se esqueceu.

Muito tempo se passou desde o nosso último (des)encontro. Então:

Segundo corredor do supermercado, nos esbarramos. Você perguntou se eu estava sozinha e eu sabia que você não falava daquele momento..

Disse que sim, você me chamou para um café, eu fui, finalmente, conversamos tudo sobre todos aqueles anos de idas e vindas, mas sem permanência. Você era muito mais do que eu podia imaginar, e, olha, como eu imaginei você, viu?!

Desde então, tomamos café juntos. De manhã e às 15h00. O Universo une versos tortos, feito eu e você, que, na hora certa, fazem a mais bonita rima.

Eu amei te desencontrar tantas vezes só pra te encontrar depois, para sempre enquanto houver nós.

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