Proibido é mais gostoso?

Eu nunca entendi essa nossa queda por relacionamentos proibidos. Falo “nossa” porque é muito fácil encontrar alguém conhecido que está enrolado ou já se enrolou com uma pessoa comprometida. Alguém que precisa se esconder, fazer malabarismos para encontros e não pode se declarar como quer, ou como o coração pede. Aliás, se envolver é o pior dos cenários nesse caso.

Talvez pior do que ser descoberto.

Não que “ser descoberto” acarrete algo de ruim apenas para quem trai. Fica o gosto amargo na consciência de quem entrou num lar, dividiu uma casa. Ok, você pode argumentar que essas coisas acontecem sem nem mesmo precisar da figura de um amante ou uma amante, mas mesmo assim é horrível pensar que você contribuiu para a separação de um casal. No fundo, acho que quem concorda em viver algo assim está muito errado.

Então, por que será que a gente tem essa quedinha pelo que não se pode já que existem mais de 8 bilhões de pessoas no mundo? Tudo bem se você disser que a sua cidade é pequena, que esse argumento é furado, que os homens são frouxos e que tá faltando perspectiva de algo bacana com alguém legal. Só que volta e meia a gente encontra quem gosta de ser “a outra”. “O outro” elemento é só artigo de decoração, queria te dizer.

E, na grande maioria das vezes, é descartável. Isso quando não se torna “oficial” e passa a sofrer do mesmo mal que um dia fez. É um ciclo vicioso. Eu diria para quem está numa situação como essa: caia fora. Nem hesite, apenas saia correndo dessa cilada. Vá viver algo de verdade, não se intrometa na vida de um casal e não jogue a culpa para o sentimento.

Já ouvi vários relatos de que “aconteceu”, mas não consigo admitir o fato da pessoa se deixar levar pelas circunstâncias e não reparar que, antes ou depois, alguém vai sofrer muito com aquilo tudo. Amante, realmente, não tem lar. A música está certíssima. Não tem um coração pra ocupar, não tem um sentimento bonito pra viver nem uma história bacana pra contar.

O que é proibido pode até estimular e aumentar a adrenalina, mas, depois, sempre cai na rotina de ter que se esconder, falar baixinho e não poder viver a plenitude do sentimento. Ainda que você argumente que existe sentimento, pega esse amor e se ama. Se valoriza. E deixa cuidar da própria vida quem já tem um lar pra chamar de seu.

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