Se ela sorrir para você [+18]

Se algum dia ela sorrir para você, sei lá, em um bar desses em que ela gosta de tomar sua cerveja, sorria de volta, cara. Ela procura em você uma alma disposta e composta. Dessas feitas de muitas partes. De vários mistérios e diversos assuntos.

Não posso mentir; dizer que gosto de saber que ela está ali, na boemia da noite, disposta a receber outro cheiro marcante. Outro ‘oi’ insinuante. Que insinua uma mão na cintura. Que desperta o alerta daquela mulher tão cheia de paixão e que tem tanta temperatura na saliva. Se você é desses que sente uma mínima repulsa ao ler a palavra saliva, saia de perto dessa mulher. Ela gosta de língua, não tem medo de dizer.

Se algum vinho rolar em algum cantinho, olhe para o céu em seguida. Faça o brinde a ela, faça o mais intenso amor. Faça sem pronunciar ‘por favor’. Obrigue-a a sentir prazer. Conte uma história ao pé do ouvido. Deixe ela se envergonhar quando encostar o quadril no dela pela primeira vez. Logo passa. Ela é dessas que faz da provocação a casa e a moradia. Por um quadril bem agarrado ela diz que já fez cada coisa. Já [se] meteu em cada uma.

Olha só, quando acontecer aquele encaixe – já de corpo suado – diz no ouvido dela que não vai parar. Diz que ela fica um espetáculo de quatro. Só para você saber: ela é um espetáculo de quatro. É outro nível de mulher. Sabe se virar e sabe rebolar. Rebola porque adora, não porque alguém disse que tinha que ser assim. Curte um tapa na bunda e curte a calcinha sendo puxada para o lado. Curte ajoelhar e ter o cabelo agarrado quando a boca está cheia. Aliás, não sei o que fica mais cheia quando ela ajoelha para chupar: a boca ou a cabeça; com um monte de pensamentos sujos. De gemidos por vir. De posições pra sentir. Sim, sentir. Ela gosta que o pau chegue no fundo da buceta. Ela disse nunca ter sido hipócrita: adora pau grande. Não que o pequeno não sirva, mas é que o grande não foi feito para servir, foi feito para ultrapassar. Ultrapassar os limites dela na cama.

Se essa mulher te pedir algo quando você estiver por cima, será para que a xingue. Faça isso. Sem dó. Pegue no queixo dela, dê seu melhor beijo, olhe no olho dela e diga: ‘Minha puta. Minha puta. Minha puta.’ Ela pinga quando ouve isso. Já houve vezes em que puxou os lábios para o lado de forma tão intensa que parecia que iria machucar. Abria a buceta pra dizer: ‘Fode mais. Fode mais a sua puta.’ Sim, agora você a tem como puta. Não peça licença, não peça nada. Só coma. Só foda. Só exploda dentro dessa que tem na própria história os motivos de não querer guardar prazer. Ela não guarda gozo. Ela explode todos eles nessa sociedade que ainda a recrimina por transar tanto quanto você.

Não consigo esconder: encosto em mim quando penso nela. Se dou a sorte de estar no banho ou na cama, imagino a mão dela dançando na minha pele. Me fazendo sentir tim-tim por tim-tim do prazer que ela tem dentro daquele corpo de baixa estatura e umas curvas deliciosas. Ela gosta de segurar no pau. Tem a mão, ok. Tem o vibrador, ok. Mas é do pau que ela gosta. Na mão, na boca, sendo esfregado naquele rosto lindo. Adora poder dividir a conta do jantar, mas sempre ser a sobremesa. Ser comida como se fosse o morango mais doce do mundo.

Por vezes ela até gosta da pressa. Tem algo de intenso ali que já molhou a calcinha dela em alguns sonhos. Eu soube dos sonhos dela. Em um deles um beco veio como cenário. Beco em que ela transou com um cara que a colocou de costas, com as mãos na parede logo que ela abaixou o short. Era comida com raiva. Com força. Com uma vontade quase animal. E, como consequência de fazer sexo ‘na rua’, foram pegos por um segundo vizinho. Ela, ao perceber o flagrante, propôs o inusitado: ‘Abaixa o seu shorts também. Me mostra o que tem aí, mostra. Depois desse sonho a manhã nunca chegou tão molhada. A calcinha nunca foi despertada tão inundada de sonhos que fazem gozar até a garota mais ‘papai-e-mamãe’. Ah, só sei desses detalhes porque o assunto favorito dela é sexo; Me contava das fantasias dela e eu contava das minhas. Ela dizia que outra menina poderia pegar seus peitos e colocá-los na boca. Eu dizia que quando esse dia chegasse, eu as filmaria. Ela é sexy em frente à câmera. Gosta de mostrar que as calcinhas são sempre pequenas. Que o corpo da brasileira foi feito para movimentos que poucas outras nacionalidades conseguem executar.

Mire bem o olho enquanto domina o quadril dela. Sim, domine. Ela não tem medo dessa palavra. Igualdade pode ser social, mas ela não faz nenhuma questão de que seja biológica. Na maioria das transas ela é fêmea e não procura engajados sociais, procura um macho. Um que terá o privilégio de perceber como ela treme o quadril com intensidade quando presenteia o mundo com mais um gozo forte. Desses que a deixam instantaneamente de clitóris sensível e sorriso aberto. Imóvel. Quieta. Feliz.

Mas tudo isso só irá acontecer se você sorrir de volta naquele dia em que ela estiver tomando a cerveja com a alma disposta. Beeeem disposta.

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