Você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa em mim? Será que ainda guarda as nossas fotos em algum lugar, usa algum dos presentes que eu te dei? Será que você, às vezes, se pega pensando onde eu estou, o que estou fazendo, se está tudo bem?

Sabe, eu fico aqui, depois desse tempo todo, ainda me questionando sobre isso. Não é possível que não exista mais nada meu aí do seu lado de dentro. É?

Pelo menos do lado daqui tem muita coisa sua, mas não fui eu que disse adeus. Talvez, isso influencie. Não sei. Eu ainda sei o som da sua voz, da sua risada, eu me pergunto onde você está, se mudou de casa, de país (como queria), se ainda vai ao Cinema e se vai, se pensa em mim e em como fui eu que te “ensinei” a amar Cinema.

É difícil, entende? Um amor tão grande acabar assim, feito dente-de-leão voando por aí, sem rumo.

Eu queria saber se você ainda pensa em mim ou se não, queria aprender como se esquecesse alguém assim. Porque, olha, dói pensar em você, saber seu número de cor e não poder ligar, saber o seu enfereço e não poder aparecer. Aliás, eu nem sei se eles são os mesmos ainda. Tá vendo? Essa incerteza do que sobrou dói tanto.

Será que você também se sente assim ou com você a vida pegou mais leve?

Eu queria um sinal qualquer de que você não me esqueceu. Só para eu saber que não tô sozinha nessa. Mas, tudo bem. Talvez, sinal nenhum também seja alguma coisa, não é?

Quem sabe?!

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