Baiana, escritora, roteirista e mestranda em artes. Autora de As Mulheres que Possuo (2014) e Ser adulta e outras banalidades (2017). Às vezes é Amèlie Poulain e às vezes é Homer Simpson. Escreve às quartas e come vatapá às sextas.
Tenho a impressão de que as pessoas inventaram um conceito de amor e guardaram – não consigo. E deixaram de se questionar sobre o que, de fato, faz do amor, amor. E pode até ser meio besta essa minha mania […]
“Mas você não tem medo que ele(a) destrua sua relação?” Quem nunca ouviu essa frase, que atire a primeira pedra. É inacreditável mas, em pleno século XXI, muitos ainda acreditam que fatores externos – e por fatores leia-se: pessoas – […]
Alguns amores modernos me assustam. Esses amores efêmeros, frágeis, superficiais. Esses amores que destoam assombrosamente do que um dia já pudemos, com todas as letras e toda a certeza, chamar de amor. Somos a geração das selfies, do beijinho no […]
Mesmo antes de saber o quanto cada preconceito era nocivo, já me recusava a aceitá-los. Lembro-me de rebater piadas racistas com a sinceridade inocente de uma criança, quando algum tio do pavê tentava ser engraçado perpetuando a segregação racial. Naquele […]
Se eu tivesse a receita da felicidade, não precisaria me abrigar em hobbys libertadores ou taças cheias. Eu não tenho e, arrisco dizer, ninguém tem. Mas é fácil ir descobrindo a cada dia um novo passo pra tornar a vida […]
“Como é que se diz eu te amo?” – Não foi só Renato Russo: Todo mundo, em algum momento da vida, já se fez essa pergunta. O amor pode se converter em palavras, mas em tantas outras coisas também. E […]
Sabe por que ela é tão sensacional? Porque ela te faz esperar. Te faz implorar. Te deixa ridiculamente vulnerável, te rouba o sossego, te faz trocar o travesseiro pela cachaça, o sorriso pela lágrima, a paz pelo desespero. Sabe por […]
Vivemos em um mundo de infinitas obrigações desnecessárias: Acorde cedo, trabalhe oito horas por dia, seja educado, beba socialmente, ame cachorros, tenha filhos, seja um cidadão assalariado e respeitável. A impressão que se tem é que a monotonia é requisito […]
Para de ser tão sensacional. Porque tudo que eu tenho pra oferecer é essa inquietude e um mau-humor matinal terrível. Pare de ser essa criatura docemente gentil enquanto eu me ocupo com minhas crises pessoais que me estraçalham de vez […]