É sempre assim…

É sempre a mesma história, nos doamos inteiramente a alguém, criamos futuros em pensamento, nos dedicamos com iniciativas de surpresa, até que um dia tomamos na bunda e achamos que ninguém é realmente merecedor do nosso verdadeiro afeto.

Se abrir de novo é difícil, eu sei, você sabe, o João sabe, a Maria sabe…

Não gosto de ser vulnerável. Não sei se isso é egoísmo por não querer dividir o melhor de mim ou se isso é a imunidade do meu consciente falando mais alto…

No fundo a sociedade nos pressiona a seguir um padrão, a casar, a fazer uma família, e no auge da minha frieza mental eu não consigo codificar a minha real vontade. Sinto-me confuso, mas claro, sigo minha ética de não demonstrar minhas confusões, guardo pra mim e para o meu Grilo Falante.

É tão gostoso viver no meu mundo, com as minhas regras, principalmente onde a estabilidade emocional reina… Só quero ficar sereno, me curtir e me perder na imensidão de todos os sonhos que ainda quero realizar sozinho.

Então é sempre assim, às vezes bate aquela carência, repensamos nos horizontes das nossas vidas, nos intitulamos com um sentimento denominado “sei lá” e vamos dormir para ver se passa. E sempre passa…

Por fim, eu não procuro alguém, eu só me procuro cada vez mais.

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