20 anos da Dança do Bumbum: você já dançou e não tem nada de errado nisso

por Marina Melz

O assunto da semana poderia ser os ataques terroristas no mundo, a eleição nos Estados Unidos ou a Lava-Jato. Mas é muito mais “magnífico, mãe!”. Faz 20 anos que o É o Tchan! entregou ao mundo a sua primeira obra-prima. Chamada de Dança do Bumbum, a música de clipe psicodélico trouxe para a nossa realidade a “abundância” de Carla Perez, a malemolência do Jacaré e tudo o que esse grupo infinitamente maravilhoso representou na nossa vida.

Quem é da minha geração sabe que “põe a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai mexendo gostoso balançando a bundinha” era a Galinha Pintadinha do nosso tempo. Tocava nas festinhas de criança, todo mundo sabia a coreografia e na frente dos nossos pais a gente ia até o chão com um shortinho que imitava o figurinho dessa galera.

E foi só o começo. Depois vieram as versões no Egito, no Hawai, no Japão, na selva. A nova loira do Tchan, o bambo-Tchan.

Não há motivo de vergonha. Eram outros tempos. O politicamente correto tinha outras faces. Assistíamos a banheira do Gugu aos domingos na sala, com a família reunida. O entretenimento não tinha limites.

Há duas décadas, que parecem milênios, a gente se preocupava menos com o conteúdo das músicas e mais com a quantidade de diversão. Há 20 anos, aprendíamos que não temos que ter vergonha de fazer o que queremos – seja andar com um short curto ou dançar de uma maneira sensacional – e não importa quem esteja olhando.

Você pode ter vergonha de ter dançado É o Tchan!. Mas não pode negar que se sentia livre como talvez não se sinta hoje. Bóra comemorar esses 20 anos com uma festinha com a trilha sonora do Axé Brasil anos 90? :)

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