5 motivos para conversarmos mais com os nossos pais

Não sei vocês, mas curto muito ouvir histórias e perrengues que meus pais e avós já passaram. É um exercício de empatia, conhecimento e, principalmente, respeito. Nessa energia que compõe nossa atmosfera, inevitavelmente, acabo percebendo que não importa a idade que eu tenha, sempre vou ter algum aprendizado vindo da natureza deles como pessoas e o laço criado entre eu e eles.

Pensando nisso, trouxe cinco motivos pelo qual é importante manter essa relação genuína e verdadeira.

1 – A base

Certa vez, conversando com um amigo de longa data, ele comentou algo que me chamou muita atenção e marcou: “Não importa o que aconteça, todo domingo eu tenho que almoçar com meus pais e minha família. Se não for alguma prova ou algo nesse sentido, estarei com eles na hora do almoço”. Isso me fez perceber que ele tinha base sólida bem construída e sabia da responsabilidade que é cuidar da família, mesmo ele sendo apenas o filho mais novo. Me fez refletir, também, que essa base reflete diretamente em outros aspectos, sejam eles profissionais, sociais e pessoais como em relacionamentos e amores da vida. Ter uma base te dá alicerce para encarar qualquer problema que, eventualmente, poderá aparecer na nossa jornada.

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2 – Nossos verdadeiros amigos e heróis

Cá entre nós, facilmente caímos no âmbito do ego quando pensamos em amizades, pois, inconscientemente, queremos amigos da maneira que idealizamos. E, às vezes, os colocamos em pedestais e status sobre como essa relação se constrói.

Apesar de parecer que sim, isso não tem nada de errado, pois amigos leais existem e só você saberá enxergá-los. Mas o que quero chamar atenção é sobre quantas vezes você não ouviu sua mãe ou seu pai dizer a célebre frase: “Fulano não é teu amigo!” ou coisa do tipo? Pois bem, às vezes podem ser julgamentos por parte deles? Pode! Mas, também, pode ser o mecanismo de amor deles em relação a sua “cria”, de zelo e dependendo da relação que você tiver com seus pais, é apenas aquele toque de parceria, de amizade.

Portanto, antes de qualquer pessoa que você conhecer na vida, lembre-se que seus verdadeiros amigos e heróis são nada mais, nada menos, que seus pais. Valorize isso e, sempre que possível, faça uma boa manutenção desse quesito com eles.

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3 – Eles estão aqui desde quando se quer nossa existência foi cogitada

É preciso dizer mais?

Sabe os perrengues, quando sofrer de amor por alguém, ser julgado, ignorado ou vibrar com uma alegria momentânea e comemorar uma conquista sua? Pois é, quando você deu a primeira respirada nesse mundo aqui, seus pais já passaram por isso há muito tempo. E você ter chegado na vida deles implica numa relação de autoconhecimento e emponderamento constante porque agora eles têm uma “cria” para preparar para os mesmos perrengues ou situações mais complexas que eles passaram.

Então, antes de se queixar sobre a vida que leva ou eventual dificuldade, pense na simples questão: “se meus pais tivessem feito apenas uma coisa diferente, uma decisão ou ideia nova, será que eu estaria aqui tendo uma vida?”. Garanto uma boa dose de reflexão.

Agradeça à eles a dádiva de ter lhes dado a vida.

4 – O desafio de construir-se um legado

Está aí um desafio que não se fecha apenas para quem é pai ou mãe, mas para qualquer ser humano com um propósito claro em suas convicções: construir um legado de vida.

Para aqueles pais “responsa”, que trouxeram para si o dever moral de construir algo de bom para seus filhos, é natural e puro a ideia de que ele cria o filho para o mundo, para os desafios, dificuldades e exercício de empatia desse eterno projeto em construção chamado vida. Então, sempre que pensar em seus pais, encare a si mesmo como um legado que seus pais estão deixando nesse mundo, um pedaço dele aqui. E na boa, isso é lindo!

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5 – Amor incondicional

Não poderia deixar passar o que pra mim é o melhor sentimento do mundo.

Já falei de amor e em outros textos por aqui, mas o que amor que cito aqui é aquele que inspira respeito, carinho, resiliência e responsabilidade. Aquele que faz a gente querer sempre bem e nos dá força de superar os obstáculos, encarar com fé e de maneira positiva coisas que o mundo cisma em nos apequenar. Amor de ser sempre a melhor versão de nós mesmos e zelo por aquilo que mais amamos. E acho que vocês sabem, que o simples olhar dos nossos pais conosco entregam isso e não permite tradução para essa sensação tão bela e nobre.

Claramente falei vários pontos positivos, mas tenho plena consciência do desafio que é ter uma relação boa e leve com nossos mestres. Por isso, ressalto também, que irão existir contratempos envolvendo essa relação, mas lembre-se que, ás vezes, eles não têm culpa. Eles, assim como nós, estão em eterno aprendizado e poderão sim, ensinar algumas coisas não tão corretas, e aí entra nosso papel de filho de sentar e conversar com a paciência de ir lá e abrir um pouco a cabeça dos coroas com o objetivo de ampliar o horizonte deles com mais conhecimento e, quem sabe, ambos saírem de lá com mais daquele sentimento chamado: humanidade.

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Deixo aqui um singelo “salve” para os pais, sejam de sangue ou não – porque, já dizia o ditado: pai e mãe é quem cria -, que nos aturam com nossas constantes questões, voos baixos e ideias alucinantes que vão compondo um pouco mais nossa camada de vida. Isso, também, é resultado do que vivenciamos com vocês.

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