Abraço é a melhor coisa do mundo
Talvez, o melhor dos remédios para todos, todos os males da vida, seja simples e não precise de receita médica – abraço. Nada, absolutamente nada no mundo supera a força dessa troca mágica de energias quando dois corações se encontram e se encaixam no mesmo compasso. Quando o tempo para, as horas não importam mais e qualquer lugar se torna insignificante durante os curtos segundos que a gente está dentro daqueles braços.
Preciso confessar que, com a correria dos dias, acabei me machucando demais. Tenho feridas por todo o corpo. Não físicas, mas espalhadas por toda a minha alma. Principalmente no peito. É que nessa de querer ser tudo aquilo que a gente sonha, acabamos, quase sempre, tropeçando, quebrando a cara, esbarrando em frustrações, decepções e expectativas não alcançadas. Em todas essas horas, logo em seguida a qualquer topada, não existe nem sequer mais um outro lugar onde eu gostaria de estar, além de dentro de um abraço.
É claro que existem diversos tipos de abraços. Abraços rápidos feito estrela cadente, abraços longos e demorados como os de depois de uma grande saudade, abraços de felicitações, as mais diversas delas, abraços de – sinto muito, abraços de – ah, eu só quero te abraçar mesmo, sem motivo algum. De todos mais infinitos tipos, formas e motivos dos abraços, sou viciado nos apaixonados. Os apertos que a gente passa quando alguém que a gente ama está perto. Esses apertos que, ao invés de sufocar, acalmam, afagam.
Nunca fui alguém que dividia os problemas, que chegava para um amigo, deitava no colo e, simplesmente, contava a vida inteira. Sempre tive outras formas de me expressar, mas só depois que eu consegui me despir da vergonha de abraçar e me entreguei, de fato, à força desse gesto, entendi o que é falar sem precisar dizer uma só palavra. É que num abraço cabe dizer tudo. A gente se completa, se entende, se afaga e se consola sem precisar detalhar qualquer problema.
Se todo mundo soubesse a força que um abraço tem, não discutia, não gastava energia com argumentos, só abriria os braços. Assim, como se um protegesse o universo do outro, pedisse perdão, perdoasse e ainda, de brinde, aquecesse o coração. Não existe pizza, chocolate, filme, conchinha, dinheiro, sexo, nada. Se você já sentiu um abraço (de verdade), vai concordar comigo – abraço é a melhor coisa do mundo.
Por fim, eis algumas dicas de um viciado em abraço: sempre que estiver cansado, abrace alguém. Sempre que não estiver cansado, abrace alguém. Sempre que estiver feliz, abrace alguém. Sempre que, por qualquer motivo, estiver triste, abrace alguém. Sempre que for comemorar uma vitória, abrace alguém. Depois de qualquer derrota (que, com certeza, será momentânea), abrace alguém. Sempre que você puder, abrace, bem forte, por muito, muito tempo, alguém. O mundo muda quando você abraça.
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