Amor próprio – O primeiro e o último
Não é de hoje que somos impulsionados por uma sociedade ávida por soluções rápidas. Desde questionamentos mais triviais, aos mais complexos, basta “googlarmos” e voilà para termos nossa resposta. Diante disso, me parece que a mesma linha tem sido adotada para a vida sentimental: a busca é sempre por soluções externas (e de preferência rápidas).
A maior parte das “burradas” que cometemos no campo amoroso é justamente fruto disso, seja a insistência em relacionamentos que não tem jeito, ou até mesmo em algumas das ditas loucuras por amor (daquelas que sentimos vergonha perante nós e os outros depois que passa).
No meio de tudo isso há um sentimento tão controverso, tão único e necessário. Às vezes sentimos mais, às vezes menos e em alguns momentos de loucura nos esquecemos dele. Sim, ele é o primeiro, o necessário e o pré-requisito para tudo. Ele é o seu amor próprio.
Não gosto de parecer arrogante, muito menos um pobre coitado: sei de minhas qualidades, reconheço meus defeitos. Não há nada de errado nisso, me conheço, me entendo. Uso a favor e exalto tudo o que tenho de bom e me esforço em corrigir aquilo que não me agrada.
Groucho Marx que me desculpe, mas eu seria sim sócio de um clube que me aceitasse como membro.
Parece até estranho, mas justamente por nos conhecermos tão bem fica mais fácil amarmos outra pessoa, quando ainda não conhecemos a fundo seus defeitos.
Por fim quando tudo virar ruína e nosso amor por outra pessoa for embora, esse primeiro será o último que ficará de pé, pois a lei da selva também vale com nossos sentimentos: é simplesmente o mais forte que sobrevive.
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