As coisas que a gente ama têm que ser livres
Sim, e de mãos e peito abertos, porque se tivermos a grata companhia de alguém que amamos ao nosso lado, que ela fique por pura e simples vontade de querer estar ali. Vivenciando experiências que vão lapidando nosso ser e compondo a harmonia do nosso pequeno mundo. Sabe, temos mais é que estar ali e deixar as coisas serem livres, e não presas aqui no nosso ego inflado.
Que tenhamos corações selvagens e espíritos livres para lidar com coisas como o medo e a dúvida que sempre assombram, não como algo que paralisa, mas sim uma forma de manter o pé no chão e deixarmos de ser tão escravos da bolha que, às vezes, colocamos em nossa volta. De possuir uma alma de quem sabe que vamos ter, sim, dias difíceis, mas que os bons serão comemorados como um gol de Copa do Mundo, como a sensação de conhecer um lugar novo ou como o nascimento de um filho.
Vamos manter a alma forte e a reciprocidade como uma força-tarefa pronta para equipar a alma com vivências que criarão alicerces compostos com gratidão, amor e plenitude. Porque estes são elementos que nos dão força e deixam o coração leve mediante à loucura do mundo lá fora. E como bônus, exercitamos a reciprocidade com a certeza de que se plantarmos amor, receberemos amor; se plantarmos ódio, receberemos ódio. Então, tenhamos mais consciência de nossos atos. Pois somos sim, seres humanos falhos, mas não as piores versões deles.
Sei da confusão que paira em você com suas dúvidas de mulher. São desde coisas simples sobre como fechar a mala, até como será a vida na semana que vem e se está sendo uma boa filha, irmã e amiga. Passeia por uma curiosidade e fica pensando o que se passa dentro de mim, quando passamos horas nos olhando sem trocarmos uma palavra se quer. Parafraseando 5 a Seco, eu quero sim você “dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê / E rezando pra um dia você se encontrar e perceber / Que o que falta em você sou eu”. Então vá e viva, que vou estar aqui como uma pessoa que te vê bem, independente do que aconteça.
Não vamos nos prender um ao outro, mas não nego que, quando vejo, percebo que só tenho a agradecer, por ter permitido a grata surpresa desse momento. Em que pode até soar como um romantismo exacerbado, mas, na verdade, se caracteriza mais como uma história composta por jornadas e aprendizado, até porque contigo eu entendo perfeitamente que estar unido é, também, estar unificado.
Portanto, seja você. Erre e erre mais, conquiste e almeje sonhos, tropece algumas vezes, mate a saudade, construa uma base sólida e colecione momentos os quais poderá se orgulhar, mas também tenha outros que não se orgulhe tanto. Porque do lado daqui, eu vou montando aquelas singularidades que você conhece bem, de um simples cara que quer sim um amor como o seu, mas entende perfeitamente o momento que a vida nos concebeu. Isso de que as coisas que a gente ama, têm que ser livres. Então, vá e viva.
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