As disciplinas do amor
Polo positivo, polo negativo. Atrações e repulsões. Toda uma física querendo explicar uma química, que todos esses meus anos de biologia ainda não foram suficientes para provar como funciona meu coração. Coração insistente em bater num ritmo diferente quando estamos juntos.
Já me falaram que opostos se atraem, se distraem, e para falar a verdade me distraio facilmente por horas ao teu lado, atraído por tantos atributos teus cientificamente comprovados, mas impossível de descrever somente na língua portuguesa.
Ah, a língua portuguesa, tão rica em vocabulário que nos proporciona incontáveis conversas. Conto meus episódios favoritos de história, além das minhas estórias para bovinos adormecerem. Gosto de falar da geografia, e com o brilho nos meus olhos junto da nostalgia, conto de todos os lugares por onde andei e por onde ainda quero levá-la comigo.
Por que resolvi falar da língua? Língua essa que me remete para falar de anatomia toda vez que penso na tua. Confesso que agora chegamos a nossa disciplina favorita. Pensar em teu corpo é uma aula de geometria a parte, mas também parte de uma matemática estranha onde você multiplica minhas alegrias e divide minhas tristezas. Admito como é bom cursar essa disciplina onde um mais um resulta em mais do que dois.
Por fim, em algum momento te impressiono e paro para filosofar citando François de la Rochefoucauld, mas deixo isso para tua psicologia Freudiana.
Sou um aluno aplicado, estudo muito. Pego livros, enciclopédias e acredite você, até alguns blogs eu leio para virar um expert. Mas no fim das contas quero apenas jogar para o alto toda essa teoria feita por outros, e aplicar toda prática numa grande aula de Educação Física.
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