Bárbara Evans: a tatuagem e a necessidade de atenção
Poucas coisas são mais sintomáticas que essa geração que, claramente, grita por atenção. É engraçado observarmos esse caso, recente e bizarro, da Bárbara Evans. Uma ex-participante da Fazenda que expõem para o mundo sua tatuagem recém-feita – “Moãe, minha Bainha!” –, e logo em seguida é bombardeada por críticas sobre o resultado vergonhoso. Três dias depois de virar piada na internet, ela anuncia publicamente que começou a removê-la. E aí que entra a minha questão, de duas uma: ou existe todo uma pseudo-estratégia, besta e frívola, para chamar atenção ou realmente a opinião das pessoas está mudando nossos passos – por mais tortos que sejam.
Nem vamos entrar no mérito da tatuagem – feia ou não –, mas sim, como tudo parece influenciável a vista de quem nem nos tateia dia após dia. Queremos dividir nossas alegrias, ou até nossas carências travestidas de alegrias, e assim buscamos, sempre, a aprovação. Por mais que não admitamos. É como se fosse um filho mimado, pedimos a opinião do mundo – subjetivamente – e quando não recebemos uma aprovação ou uma salva de palmas, deletemos, mudamos, odiamos, dizemos que não nos entendem ou mandamos indiretas sobre como cada um deve cuidar da sua vida.
É triste perceber como a opinião dos outros – outros, que nunca, nem nos olharam nos olhos – pauta os nossos passos. Observa-se como algumas pessoas precisam alimentar esse ego falso e dicotômico. Ao mesmo tempo que cada vez mais cuspimos independência e segurança pessoal nas redes sociais, mais fica claro a nossa carência cotidiana. Sabe, algumas pessoas dizem que na internet podemos ser quem quisermos, mas, na minha singela opinião, muitas vezes, na internet nós mostramos o que realmente precisamos. As redes sociais, infelizmente, são um reflexo claro do que as pessoas pedem, no fundo, ao mundo: carinho e atenção.
E pergunta que fica é: “Mãoe, por que?”
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