Eu acho que nunca fomos
Eu acho que nunca fomos um… Mesmo quando tentamos. E fomos valentes, fomos mesmo. Ah, droga. Quem eu estou tentando enganar? Essa foi uma fantasia ridícula que criei na minha mente para tentar me convencer de que você me via da mesma forma que eu via você. Que a gente se enxergava de verdade e que a gente podia chegar até, sei lá… Se amar.
Você nunca conheceu o amor, mas insistia em dizer que ele era seu amigo, não o mais próximo, mas fazia parte do seu ciclo, afinal, a cada pessoa que passava por você e você olhava, você dedicava um pouco da sua paixão, do seu tesão e era nisso que você insistia em dizer que consistia amar.
E eu, bem, entendi durante muito tempo que o amor fazia parte de um relacionamento abusivo mascarado de cuidados infinitos para não perder alguém que talvez a gente nunca fosse recuperar. Eu era tola até entender que o amor aconteceu apenas uma vez. Quando chegou você.
Não me culpe, ok? Ou não tente fugir para me fazer esquecer. Eu tô aqui. Eu já estou me cuidando o suficiente para não te dar trabalho e não ser mais uma pessoa que vai te mandar textos intermináveis falando do quanto esse sentimento ainda me tem e de como eu gostaria de ter tido a chance de lhe mostrar que em todo esse tempo você corre e corre só para se enganar. Só que percebi que isso não está mais nas minhas mãos. Só você pode parar e focar.
Mas o que eu quero dizer é que mesmo sabendo que nós não fomos um e talvez nem seremos, que essa pessoa que você tanto roda por aí tentando encontrar levantou da mesa e foi para outro lugar, pois pra ela já deu essa história de esperar. Já deu dela acreditar que um dia você vai enxergar o tamanho amor, o mesmo que você chamou de contaminado, mas que no fundo mesmo só queria te ajudar a se libertar.
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