Me desculpa, mas eu não aceito mais desculpas
Você me procurou, marcamos de nos encontrar… Uma, duas, três vezes. Não deu certo. Não deu certo porque você bebeu demais no dia anterior, não deu certo porque você passou mal e foi para o hospital, não deu certo porque você bebeu demais (de novo) e caiu em cima do seu celular o quebrando, não deu certo porque você foi assaltado e roubaram seu celular.
Você quer muito me ver, mas hoje não dá. Não dá porque ficou enrolado até tarde no trabalho, porque seus parentes do interior apareceram sem avisar, porque seu amigo passou mal, porque seus amigos apareceram, vocês acabaram bebendo demais e você acabou dormindo.
Você me pedia desculpas, e eu as aceitava… Mas não há mais como desculpar as desculpas de quem tem culpa porque não tem maturidade. Não há como fingir que esse joguinho emocional só tem um ganhador, seu ego.
Veio o silêncio, passou um tempo e quando eu estava voltando a prestar atenção em outros sorrisos, você reapareceu com um convite diferente.
Um encontro de verdade, começando com um cinema e lá vou eu desculpar, de novo.
Desculpei. Me arrumei, cheguei no local onde marcamos e esperei. Esperei, esperei e esperei. 10, 20, 30 minutos…
Cansei, desabei, me acabei. Te liguei.
Caixa postal, nas 11 vezes. Voltei pra casa.
Sentei, chorei, rezei, repensei, e enfim, acordei.
Meu coração não merece ser tratado como um tabuleiro de Banco Imobiliário, e eu não quero mais andar nenhuma casa se quer para trás. Meu caminho agora só tem uma direção, para frente. Quanto a você? Ficou nas tais casas que eu teria que recuar para te reencontrar. Pra você, game over.
Para mim, o melhor prêmio: meu coração livre para alguém que não tenha desculpas esfarrapadas.
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