Não peça desculpas
Em primeiro lugar, não comece a se desculpar.
De alguma forma esse é o álibi de alguém que sabe que vai errar
Mais uma vez
Você vai dizer que se arrepende
Como quem analisou profundamente
E sabe o que fez
Mas é aquela coisa, é aquele velho ditado
Quando isso nasce, tende a permanecer errado
E eu não estou disposta a contar quantas lágrimas somaram
Dos dias passados
Eu tenho de dar atenção a tudo que foi quebrado
Já que eu não tenho tanta certeza se vai ser restaurado
Eu pensei que você tivesse reparado
Não.
Você nem ao menos tinha se tocado
E eu esperei que de tanta besteira
Você pudesse ter mudado
Ainda há o pior de nós que poderá vir?
Qual é a chance que nós temos de conhecer a felicidade?
Se tiver alguma, seremos sorteados junto da metade da cidade
Pois o raio que cai duas vezes, não é só mais forte,
Como é o que abate
Ao final de qualquer tempestade
Os seus olhos me dizem que você está triste
Mas que se ficar tudo bem,
Vamos acabar fingindo que nada disso existe
São nesses mesmos erros que a gente ainda insiste
Não. Não tente me tocar agora
Essa é a pior hora
Acho que esse tempo é para você refletir
Se ainda há um pouco de nós para reconstruir
Ou se você vai preferir ir
Vai, o que me diz? Nada traduz esse teu silêncio parado
Eu não sei se você já acabou indo
Eu estou imersa de mim para ouvir outros passos
… Mas por favor… Se ainda tiver ficado
Não me peça para te desculpar
… Tá?
Só me peça mais uma chance para
… Recomeçar.
– Não me culpe por tentar consertar.
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