Não perturbe. Casal extasiado.
Morena, tu não faz ideia da vontade que eu tava de você. Do teu beijo, do teu toque… Foram várias as vezes que eu acordei no meio da noite te procurando, sabia?
É que eu não sei nada de relacionamento à distância, mas de tesão á distância a gente entende bem. Cada noite era uma provocação diferente. Cada foto era uma vontade nova, uma reação nova. O olhar de desejo pela tela do celular, os áudios inenarráveis e a forma como nossos corpos se procuravam, mesmo sabendo que não iriam se encontrar.
Eu tava louco de vontade de você, morena, e meu corpo disse isso quando você abriu a porta do quarto do hotel. Porque provocar de longe é bom, mas nada é mais prazeroso que matar o desejo. A suíte 14 do Henrique e Diego não tem nem metade da história que o nosso quarto 2505 viveu. Cada pedacinho daquele apartamento agora tem um pouquinho da gente, um pouquinho da história entre você e eu.
– Tá com fome?
– Tô sim, bora sair pra comer?
– Acho que vou comer aqui no quarto mesmo. Em cima da cama, no sofá, no banheiro…
Tu desfilava com aquelas pernas compridas de fora e eu desejava cada vez mais você. É que a gente se provocou demais, sabe? Então tava na hora de cumprir tudo aquilo que foi prometido. E cumprido com prazer. Aliás, muito prazer.
Eu não sei se vou fazer morada no teu peito, morena, mas que adorei estar entre seus seios, isso é fato. A minha língua nunca foi tão feliz, mas vou guardar os detalhes pra nós dois. Teu corpo molhado dispensa comentários.
Eu adorei que chegou a hora de diminuir essa distância. Que tal ficar bem juntinho, mas tão juntinho que chega a ser dentro? Uma? Duas? Três? De quatro, talvez?!
É sexta-feira, meu bem. Enquanto a gente recupera as forças, deita aqui do meu lado. Coloquei a plaquinha na porta do quarto: Não perturbe, casal extasiado.
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