O meu singelo: obrigado
Essa semana meu amigo e “chefe” por aqui deu a todos pelo Facebook a notícia de que o blog estaria com uma parceria dentro do portal Terra. Ao final foi muito enfático em agradecer a todos que colaboram com esse nosso espaço. Diante disso resolvi que seria um momento bem oportuno em contar um pouquinho do “outro lado” que poucos conhecem.
Contando um pouquinho da história, basicamente tudo começou cerca de um ano atrás: na época o blog era apenas composto pelo seu fundador cara de mamão. Tenho uma amizade pessoal de alguns anos com o Fred e numa conversa despretensiosa ele havia comentado que pensava em expandir o blog, que queria conteúdo diário e precisava de pessoas para escrever. Confesso que não era muito familiar com a escrita, minha formação acadêmica de engenheiro não nega a facilidade em lidar com números, raciocínios, pensamento analítico e por aí vai. Entretanto, eu estava em um momento muito peculiar e de certa forma perdido na vida sentimental. O Fred pediu para eu escrever alguns textos para avaliar se estaria de acordo com a proposta que ele imaginava para o blog, acabou gostando, embora eu ainda ache que meus lindos olhos tenham exercido influência.
Lá estávamos nós em “reuniões” pelo Skype: Eu, Fred e Leo, quem tive o imenso prazer de conhecer (por enquanto virtualmente) e acho um cara genial (nada de crises de ciúmes Fred, vou te elogiar mais tarde!). Muitas risadas, horas discutindo sobre textos, divisões de trabalho, como “reagir” com as leitoras mais exaltadas, e por aí vai. Por mais bobo que isso possa ser, estava lentamente mudando minha vida e eu mal sabia…
Escrever se tornaria mais um desafio em minha vida: precisava aprender a colocar meus sentimentos para fora, na forma de algumas crônicas, poderia expor minhas opiniões sobre determinados assuntos, porém com o cuidado necessário para não extrapolar os limites ou ofender alguém. Eu não nasci com o dom ou sequer familiaridade com a escrita, afinal (excluindo o Fred Mattos) todos os meus colegas aqui são ligados à área de comunicação social, jornalismo, etc.. E para falar a verdade me sinto feliz em ser esse contraponto, acho que isso dá mais pluralidade ao blog.
Comecei a aprender que antes de escrever para os outros, precisava também me entender, o que não é tarefa fácil. Foram muitos “backspace” e “delete” teclados, foram vários rascunhos escritos as 3 horas da manhã para não esquecer uma ideia e com certeza a conta de água aumentou devido a banhos mais prolongados, o que de fato deve ter levado minha mãe a pensar que voltei a época de masturbação compulsiva.
Aos poucos começava a me lapidar, entender quais os assuntos me sentia mais confortável em escrever e principalmente como. Às vezes surgia alguma daquelas inspirações, guiadas puramente por sentimentos, mas pouco a pouco fui encontrando meu ponto de equilíbrio, afinal de nada adianta muita inspiração e pouca disciplina. Escrever também tem que virar uma rotina, só assim adquirimos familiaridade.
Mais adiante descobri que escrever já não era mais tão difícil, agora era preciso aprender a lidar com público, principalmente em textos de opinião. Aprendi a lidar melhor com opiniões contrárias e muitas vezes estar preparado para comentários ligeiramente ofensivos: há um meio termo entre estar com a guarda em pé e em posição de ataque.
Praticamente um ano se passou desde aquela conversa despretensiosa com o Fred, que, aliás, nesse meio tempo sinto nossa amizade ter dado um passo adiante: nossos desabafos sobre a vida amorosa, bobagens em geral e sem contar que foi alguém que me deu muito apoio em um momento bem delicado da minha vida e a cada dia que passa tem além da minha amizade o meu reconhecimento.
Por fim, fica aqui o meu muito obrigado ao Fred pela oportunidade, aos demais colunistas aqui pela troca de experiências e a vocês que gastam um tempinho do seu dia para ler tudo isso que foi postado aqui. Estamos juntos.
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