O que aprendemos com “As Aventuras de Pi”
Podemos descobrir muito sobre nós mesmos quando assistimos ao filme: “As aventuras de Pi”. Quem somos? No que acreditamos? Até onde vamos? O que somos capazes de superar?
Na maior parte do filme, vemos um menino preso em um barco com um tigre. Dividindo espaço, comida e sempre com o receio de que o tigre acabe com a sua vida.
Porém, ele continua ali, tentando se adaptar a situação que lhe é apresentada. Resiliência. É uma das primeiras lições que podemos tirar do longa metragem.
Contra todas as expectativas, os dois acabam se tornando amigos e aprendem a respeitar um ao outro. Inclusive, Pi coloca o tigre em seu colo, quando este se encontra cansado e fraco demais. Estabeleceu-se uma relação de confiança.
Ao final do filme, somos questionados sobre a nossa fé, sobre no que acreditamos. Vai de cada um, de cada experiência vivida, daquilo que toca o coração, decidir no que acreditar.
Pi era um menino zoado na escola pelo seu nome que deu a volta por cima decorando todas as casas do número Pi e as escrevendo no quadro. Era um menino de fé e não de religião, tinha família, tinha Deus, tinha um oceano pela frente para que tudo mudasse. E mudou. Mas não da forma como esperava.
Mesmo assim, ele continuou, sobreviveu, contou sua história, mas contou também a nossa história.
Pi não é um filme sobre um menino e um tigre em um barco. É um filme sobre cada um de nós e aquilo que carregamos no coração, que ninguém mais sente ou vê.
Vale cada minuto, cada frustração e imagem linda. Vale cada suspiro que damos enquanto assistimos. Vale muito.
Maravilhoso. Profundo.