O que não te mata, te fortalece

O ditado é bem claro quando diz “o que não te mata, te torna mais forte”. Torna, sim. E te transforma, te pega pelos cabelos, te mostra o que é necessário. Tira até um pouco da nossa ingenuidade das coisas, uma sensação ruim que dá parecendo que também apaga o brilho da vida. Só que isso logo é desmentido.

Na realidade, tropeçar, cair e levantar é apenas um movimento básico que fazemos desde crianças. É algo que devemos nos acostumar uma vez que a dinâmica é quase sempre essa. E por mais que muita gente dê exemplos e tente nos mostrar por onde ir, são os nossos erros que acabam se tornando nossos maiores professores.

E isso é incrível.

Entretanto, não quer dizer que devemos voltar aos lugares que nos quebraram para adquirir mais know-how. Muito pelo contrário! É absurdamente necessário riscar alguns lugares do mapa e nunca mais passar perto de lá porque existe um belo motivo para termos ido embora – motivo que nos obriga a enxergar a razão de não voltarmos lá.

Por mais óbvio que isso pareça é muito mais comum do que se pensa ver pessoas retornando aos mesmos lugares que arrancaram seus sorrisos, que não acrescentam mais nada e que apenas endureceram suas retinas. E quando digo “lugares” é claro que também me refiro a pessoas e as relações que tivemos com elas.

Que nos quebraram.

Aprenda, sim, com seus erros. E digo mais: não sinta vergonha de carregar até um pouco de saudade de algo vivido que, em algum momento, foi bom. Só não volte para onde uma parte sua foi arrancada. Onde a felicidade não valia nada. Onde teu riso era travado. Siga em frente. Aprendendo. Melhorando. Vivendo. E sabendo que você não precisa voltar lá para ser mais forte.

Você já é.

Comentar sobre O que não te mata, te fortalece

3 comentários abaixo sobre O que não te mata, te fortalece

  • EUDES disse:

    Nós negócios..vi uma máscara cair..por isso não quero ver essa pessoa.

  • Carlos Moraes disse:

    Não é verdade que, como disse Nietzsche, ‘o que não nos mata nos torna mais fortes’.
    Em Altos Vôos E Quedas Livres, ensaio sobre a morte da mulher dele, Julian Barnes rebateu o filósofo alemão.
    Há muitas coisas que não nos matam, mas que nos enfraquecem para sempre, escreveu ele.
    Eu complemento que, elas tornam-se o instrumento pelo qual podemos estabelecer a valia, determinarmos a importância, o justo de algo alienável, no seu significado de determinar o valor de compreender, por exemplo, outros sofrimentos.
    Abraços, Carlos.

  • Tiago mariano soares disse:

    É exatamente isto,, DIFERENÇA DO SÁBIO E DE UM SÁBIO PENSAMENTO ESTÁ, NO PONTO DE VISTA DE CADA UM,,…..só mais uma colocação,O PROPIO CRISTO ENSINOU ISTO EMBORA ELE TINHA QUE CUMPRIR SUA PROFECIA,FOI A JERUSALEM PARA SER MORTO …ENTÃO O QUE TE FORTALECE TAMBÉM PODENTE MATAR,POIS DIAS ANTES DA SUA MORTE QUANDO ASSIM CHEGOU EM JERUSALÉM VOI OVACIONADO e poucos dias depois foi morto…gostei do comentario ….