Papo com a leitora: Jaqueline e o “larguei tudo por amor”
Oi Fred, tudo bem?
Me chamo Jaqueline, mas pode chamar de Jaque! Tenho 26 anos, sou de Santa Catarina e atualmente moro em São Paulo. E sou o tipo de mulher que se o amor não vai bem a vida não anda. O meu centro é o amor.
Fazia alguns meses que eu tinha terminado um relacionamento e eu ainda estava naquela fase de não querer nada sério com ninguém. Lembro até hoje do dia: 9 de novembro eu adicionei um estranho no Facebook. Eu morava em Santa Catarina ainda e ele era de São Paulo. E nunca imaginaria que aquele estranho transformaria minha vida em apenas alguns meses.
Começamos a conversar pelo chat do Facebook, passamos para mensagens no celular, ligações, webcam. Quando nos demos conta estávamos trocando mais de 150 mensagens por dia e em média 2 horas de ligação por dia. E um dia nos demos conta: Não conseguíamos mais passar um dia sem conversar. Chegou o dia que não aguentávamos mais apenas conversar por telefones. Precisávamos nos tocar, nos abraçar. Ele finalmente comprou a passagem para passar um final de semana comigo. No dia 06/03/2013 ele desembarcou. Assim que eu vi ele caminhando na minha direção eu tive certeza: É com ele que eu quero casar e passar o resto da minha vida. O final de semana foi perfeito, no mesmo dia ele me pediu em namoro. Ele levou aliança e presente. Ele voltou para São Paulo e a certeza de que queríamos ficar junto aumentou. Ele me fez a proposta: Vem morar comigo. E no dia 04/04/2013 eu estava desembarcando no aeroporto de Guarulhos com todas as minhas coisas. Largue faculdade, amigos e família. Larguei uma vida para seguir o amor, para seguir meu amor. Nos primeiros meses foram perfeitos. Até que as brigas começaram. No dia 20 de novembro de 2014 ele fechou a porta da sala pela última vez e nunca mais voltou. Vai fazer 4 meses que estou sozinha no nosso apartamento. Mas não tem um dia que eu não chegue em casa, pare na porta antes de abrir e começo a rezar baixinho, esperando encontrar ele no sofá deitado me esperando. Não tem uma noite que eu não acorde e vire para o lado esperando encontrar ele bravo comigo porque puxei a coberta a noite inteira.
E até hoje, quando trocamos mensagem ou ligamos ainda nos chamamos de amor, de vida. Ainda nós amamos. Mas ele diz que não está preparado para isso tudo. Sabe quando você encontra a pessoa certa na hora errada? É isso. E meu maior medo hoje é nunca mais poder tocar ele novamente. Todos me falam que foi muito rápido, que eu deveria ter namorado mais. Eu não concordo. Eu segui o que eu queria naquele momento: o amor. Eu tive certeza do que eu queria. Dei as costas para meus planos, sonhos, amigos, familiares. E se eu me arrependo? Jamais! Eu faria exatamente igual. E enquanto isso eu continuo esperando encontrar ele deitado no sofá, com aquele sorriso bobo. E no dia 08/03/2015 iríamos fazer dois anos. Ainda dói, ainda choro, ainda espero. Porque eu tenho disso mesmo. O amor não pode morrer assim.
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Resposta sensual (#ahamyeahaham)
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Oi Jaqueline, como estais? Imagino que bem haha!
Primeiro queria dizer: você é boa com datas, heim? Eu mal e mal consigo lembrar a data do meu aniversário haha!
Ah, e para começarmos bem, escutei essa música enquanto escrevia isso para você, vai que você gosta… Mas, por favor, ouça ela inteira e de olhos fechados:
Sabe, lendo a sua história percebi como somos diferentes no modo de pensar e ver as situações – e isso que é o gostoso da vida, as diferenças. Claro, acho lindo quando damos ouvidos ao nosso coração. Mas, sempre que possível, acho necessário sentarmos para conversar com a nossa razão – nem que seja só para escutá-la. Obviamente não irei dar uma posição certeira de toda essa história, até porque pouco sei de todos acontecimentos. E nem sou psicólogo para isso. Sou só um possível colega que gosta de te ouvir. E como gosta.
Digo diferente, pois, não acho que precisamos largar totalmente os nossos sonhos para viver um amor intensamente. Nós conciliamos ele. E se alguém na relação está se doando mais que o outro – por algum tempo – há algo de errado nessa relação. Digo isso pois, às vezes, a gente segue o amor, mas o amor não segue a gente. E temos que respeitar isso. Coisas da vida. Sem explicações mesmo.
Acho que você fez o certo. Fez o que você sentia que deveria fazer. E como diz o ditado sobre se arrepender (que agora eu esqueci), eu também prefiro fazer e me arrepender do que não ter feito.
Então…
Espere. Mas espere caminhando e sonhando. A vida continua e os amores vão e voltam. A vontade de ser feliz que não pode cessar, o resto a vida se encarrega. Apesar dos pesares a vida sabe ser fantástica quando ao assunto é distribuir momentos de alegria, tristeza, medo, amor. Faça o que o seu coração mandar, mas diga a ele que você não quer mais sofrer, só isso. Ele saberá o que fazer!
Beijos, Fred
AGORA UMA FOTO PARA DAR UMA ANIMADA NO ROLÊ:
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