Penso sempre em você, poesia
Costumo pensar em você, pequena, antes mesmo de abrir os olhos, antes do primeiro bocejo, antes mesmo do primeiro suspiro de coração apertado, que castiga o meu peito despertado e, se manifesta sempre, quando me lembro que você não está ao meu lado. Penso sempre em você, poesia, durante o café da manhã, pois nada é prazeroso se você não vem e nada é saboroso se você não está. Penso em você quando saio para trabalhar e, me desconcentro facilmente, procurando – em cada esquina – te encontrar.
Durante o almoço, penso que poderíamos estar juntos, eu cozinharia para você usando um avental e nada mais, daríamos risadas apaixonadas, até que os nossos corpos ficassem tão quentes quanto as bocas do nosso fogão, e eu te colocasse sobre a mesa, fazendo dela a nossa cama e, ainda que queimássemos o feijão, não nos importaríamos, pois teríamos nos saciado, teríamos nos consumido, até a hora em que os nossos corpos suados procurassem no chuveiro desligado, a água fria que manteria o nosso amor unido.
Penso em você durante a tarde, enquanto vejo o por do sol, esperando ver os teus olhos refletidos na minha janela e as tuas curvas debruçadas, sobre o meu amassado lençol. Penso em você de todas as formas possíveis e prováveis, que sejam capazes de nos fazer bem, penso em você diariamente, com a diária vontade de não pensar em mais ninguém. Pois se acordo sem os teus beijos não sou nada, se durmo sem os teus abraços sou ainda menos, a nossa casa – sem você – é calada e, com você, todos os meus problemas são pequenos.
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