Por que ainda precisamos falar de “13 reasons why”?
Na semana passada, um jovem fez a alegria da internet brasileira quando saiu a notícia de que ele se considerava médico capaz de atuar por ter assistido a todas as temporadas de Grey’s Anatomy. Poucos dias atrás, ele foi encontrado morto, e, ao que tudo indica, a causa foi a ingestão em excesso de remédios. Suicídio.
As palavras têm peso e pesam muito dependendo da condição emocional de quem ouve. Transtornos emocionais como depressão, síndrome do pânico, bipolaridade, entre tantas outras, não são frescuras. Não são brincadeiras. São doenças que devem ser tratadas com a seriedade que apresentam.
Tudo o que uma pessoa precisa, às vezes, é ser ouvida, não se sentir invisível e solitária. Um bater de asas de borboleta pode causar um desastre, segundo a teoria do caos, então tomemos cuidado para não sermos o bater de asas na vida de alguém.
“13 reasons why” não é sobre uma menina fraca que cometeu suicídio. É uma série sobre o impacto que causamos na vida dos outros sem percebermos. É sobre o quanto nossas ações e omissões mudam completamente a vida de alguém. É sobre uma garota que não soube pedir ajuda porque se sentia sozinha. É sobre a falta de empatia, de amor, de compaixão, de respeito. É sobre o porquê de escolhermos fazer o que fazemos.
É preciso ter mais cuidado com o outro. É preciso se colocar no lugar dele antes de falar ou fazer qualquer coisa. É preciso falar sobre essa série porque ela é a realidade de muitos.
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