Por que os homens gostam de carros?
Invento datado do século XVII, no qual passou por tantas mudanças e concepções, até chegar aos dias atuais, deve ser uma das coisas mais fascinantes para o mundo masculino. Um magnetismo indescritível? Uma paixão incompreendida? Bom, é isso o que propus respondermos hoje.
Como experiência pessoal, admito que o fascínio por carros tenha certo “peso” na hora de optar pela formação de engenheiro mecânico, embora houvesse outros motivos mais sólidos.
Com base nisso, resolvi perguntar em um fórum especializado sobre o assunto, onde embora a paixão seja a mesma, é interessante observar como os perfis e gostos são extremamente diferentes. Algumas respostas são engraçadas, e outras revelam uma face que talvez a grande parte do universo feminino nunca tenha visto.
Deixem-se envolver e leiam as respostas de alguns homens:
“Gosto desde que me entendo por gente, devo ter sido concebido no banco do Dodge que meu pai tinha na época que começou a namorar minha mãe.”
“Homem gostar de carro está como mulher gostar de sapato. É meio sem logica ou explicação. Mas é algo que vem de dentro.“
“É doença cara, isso só pode ser doença, esse final de semana ainda estava com a minha esposa do meu lado perguntando o que eu tanto via nesses sites com anuncio de carro e peças de carro, eu disse pra ela:
Gostaria eu de não gostar dessa merda, todo mundo que gosta de carro já quis desgostar um dia, o negócio consome, deixa um pouco dopado, faz as horas passarem só imaginando o momento do corte de giro para passar a marcha e ter o carro destracionando…
Isso é cíclico, mas é inexplicável… São inúmeras vezes a mesma conversa, o mesmo rolê sendo contado e os olhos de todos os mesmos parceiros que compartilham a história brilhando, o negócio é surreal, é paixão mesmo, não tem como definir. É incrível como um simples rolê tem a capacidade de te recolocar nos eixos, tirar todas as neuroses e te revitalizar, talvez pela adrenalina, não sei, é inexplicável…”
“É meio sem explicação, coisa que vem desde pequeno. Lembro que brinquedos eram todos relacionados a carro, mesmo quando tinha por volta de 10 anos ficava vidrado na F1, até nas corridas da madrugada, corrida de caminhão, etc.”
“Não ligo para ter um PC decente, roupas de marca, relógio e celular TOP. O que sobra vai para alguma modificação no carro, fora que gosto de praticamente todo tipo, desde Fusca à Ferrari.”
“Eu andava pela casa dirigindo as tampas de panelas, fazendo barulho de escape e de pneus cantando aos 2 anos. Sempre esteve no sangue e meu pai sempre trabalhou com carros. Ajudou a fortalecer.”
“Eu gosto de carros porque pra mim, é um brinquedo de adulto, é normal quando criança você se acostumar a brincar de carrinhos (nem todos, obviamente) mas é basicamente o primeiro brinquedo que um homem ganha quando criança. Pelo menos eu, ganhei e acabei pegando gosto pelos brinquedos, sempre montando e desmontando, trocando rodas de um por outro, destruindo para deixar rebaixado, etc. Meu pai sempre teve o costume de me levar em exposições de carros antigos quando criança e brincava comigo perguntando “qual é esse?” e eu tinha que responder o carro e o ano. Logo, é um costume que passa de pai para filho, os filhos são o reflexo dos pais e nossos pais são os nossos heróis. Fora isso, o que me atrai em um carro é o estilo (não necessariamente um carro bonito) e o motor, exatamente por isso meus preferidos são carros antigos, assim como meu pai. “
“Minha mãe conta uma história de que quando era bebê, eu só parava de chorar quando me colocavam no Fusca e ligavam o motor. E assim o carro virou berço…“
“É algo que me acalma, muitas vezes estou nervoso, irritado, puto com alguma coisa abro um site ou olho uma revista… Numa das épocas que eu mais estava trabalhando, umas 12hrs ou mais, todo dia de segunda a segunda, eu tinha um WRX mexido. Quando eu estava extremamente irritado, fazia meu ritual de ir até o estacionamento, olhava aquela carroceria, aquele paralama, abria a porta, sentava no banco concha, via aquele interior espartano dava meia partida, dava uma espirrada de gasolina da partida a frio, os manômetros DÉFI giravam juntos, acendia o painel e aí finalmente dava a partida, e escutava aquele som rouco vindo do escape inox 3pol com 1 abafador só. Puta que tesão! ficava 5 minutos ali só ouvindo a marcha lenta, sentindo o cheiro de álcool queimar, até finalmente engatar a primeira no cambio duro e forjado, saia da garagem e ia deslizando devagarinho na avenida só ouvindo a sinfonia das engrenagens do cambio em conjunto com o ronco do motor, aí pé no acelerador 1,2,3 e 4 marcha no cacete, barulho lindo da tial, e mais umas 3 aceleradas dessas, me faziam estar pronto pra voltar a trabalhar, relaxado com um sorriso no rosto. Acho que é por isso que eu gosto de carros, é a beleza, o cheiro, o barulho, as sensações…”
Apenas para finalizar, gostaria de lembrar aos participantes da pesquisa e aos leitores de que respostas com a mesma essência acabei não colocando, assim como as demasiadamente longas: acreditem, teve gente que escreveu uma bíblia para contar sua saga no universo automotivo. Por fim, talvez algo muito legal aconteceu: ao contrário do que algumas mulheres possam pensar, nenhuma resposta foi do tipo “para impressionar as mulheres”.
Gostaria de agradecer aos membros da Oktaneclub que gentilmente colaboraram para essa pesquisa!
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