Provocação: o oitavo pecado capital
Se tivesse um oitavo pecado capital, com certeza seria a provocação e nós estaríamos fadados ao inferno. Você é o meu pecado favorito.
Você é foda! Não pode me ver quieto que já faz questão de me provocar. Vem jogando teu charme pra cima de mim, porque sabe que eu não consigo resistir. Aí tu joga o teu corpo gostoso em cima do meu e me tem nas mãos. Na boca. E é nessa hora que eu tenho absoluta certeza que você é foda, a melhor de todas elas. Aquela foda que faz tremer as pernas, mas dá estabilidade pro coração. É foda de um jeito que só você consegue ser. É uma foda só nossa.
Eu já falei que eu sou pirado em você, menina? Pois é. Sou pirado nessa sua certeza da vida, mas quando o assunto é a gente, prefere deixar esse gostinho de dúvida na minha boca, que se mistura com a lembrança e o gosto da sua. Prefere me provocar e assistir de longe eu enlouquecendo de vontade de você.
É por isso que eu te provoco também, morena. Porque eu amo ver o seu olhar de malícia e a forma que você morde os lábios enquanto eu faço isso. Aliás, adoro esse sinal que você tem na boca e adoro mais ainda quando ele se esconde por outros motivos.
Provoca mais, menina. Judia mais que tá pouco. Me mostra a marquinha que o sol deixou com o teu biquíni, mas não reclama das que eu, por acidente, posso deixar também.
Eu amo a forma como você faz laço com as palavras e me prende em cada uma delas. São trocadilhos, rimas e desejos idealizados nas pautas do teu caderno e realizados nas linhas da minha cama.
Você renova sempre essa marquinha de biquíni – que eu não sei de onde sai tanto sol – e eu renovo com a mesma frequência esse carinho que eu tenho por ti.
É esse teu cabelo preto que me deixa sem jeito, essa fala mansa que me aquece o peito e me faz pensar: provoca mais, morena. Porque se as nossas provocações forem pecado, ironicamente, chegaremos ao céu
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