Quando a paixão não bate à porta
Quando a paixão não bate à porta entre invernos e verões a gente alimenta saudades. E isso é normal. Já no momento em que opto por sorrir com os dedos – alguns chamam de escrever – assumo a certeza que converso com momentos, não com pessoas. Quando por uma opção da vida, e suas escolhas insólitas, não achamos ninguém especial – como muitos dizem e aclamam em desespero por aí – não significa que as pessoas que passaram encilhadas e pedindo beijos molhados por nós não sejam especiais, mas somente estão em momentos diferentes dos nossos. E o fato de conseguirmos acolher os momentos alheios sempre será o primeiro passo para respeitarmos as pessoas e seus respectivos sonhos.
Não gosto de escrever textos lúdicos que alimentam a minha saudade de alguém que fora especial, mas sim a saudade de viver algo especial. Seja com quem for. Ou com quem nem será.
Deixe que a sua vontade de viver te leve de ombros calmos e pés firmes. E quem sabe, deixe que eu também te leve, com as palavras e sorrisos que tanto me acalmam a alma. Eu estaria mentindo e vendendo-me de possível machão caso eu dissesse que não sinto falta de escrever um texto, olhar para minha cama e ali, despretensiosamente, ter alguém lendo um livro à espera de eu terminar esse texto. Mas eu não faria isso somente para alimentar um ego único que precisa de um domingo acariciado.
As nossas rotinas são levadas pela fluência e leveza dos nossos pensamentos e filosofias de vida. Já o que os outros falam, é só o que os outros falam… Se concentre na sua distração e lembre-se que ela sempre será a melhor companheira para realização dos seus sonhos. Já a ingenuidade e confiança na possível existência de um amor para todos nós é a esperança que guia as nossas vontades que infelizmente, hoje, ficam só em vontades.
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