Quando ela gargalha, sempre haverá céu estrelado
Quando ela acordar, talvez seja tarde demais. Faz o seguinte: não interrompa o seu sono, mas dê motivos para estar no sonho dela. Ela acredita nessas coisas de destinos, tarot, signo, placa de carro com números iguais e nos livros do Nicolas Sparks – é provável que acredite em suas poesias desconexas, também. Mas não seja um poeta, não. Ela detesta essas palavras melosas, repetitivas e, muitas vezes, usadas sem fé e compaixão.
Ela prefere silêncios sinceros.
Não discorde disso.
Mas não faça apenas o jogo dela. Ela já se cansou de tomar conta dos relacionamentos, de dizer o bê-a-bá pra todos os rapazes fracos que apenas diziam “sim” para todos os seus caprichos. Mulheres não gostam disso, cara.
Mulheres não querem perguntas, querem motivos para darem respostas positivas.
Pegue-a pelo braço, trace o mapa, separa o caminho, mas deixe sempre momentos em dúvida só pelo prazer de decidir. Brincar de par-ou-ímpar porque ela sempre escolhe par e coloca número ímpar. Não roube. Mas, também, não a deixe ganhar.
Ela te ganhará da mesma forma.
Ela te ganha na primeira vez que você encontrar a parte de trás da sua coxa, na primeira vez que ela puxar o teu cabelo pela nunca e quando ela te chupar com os olhos bem na frente dos seus pais. É embaraçoso, mas inesquecível, vai por mim. Teus pais não gostarão dela porque sabem que ela te roubará deles rapidamente.
Nunca soube bem a lidar com ela. Dizia: repara-em-mim, mas-não-me-repara. Nem tente consertá-la ao som de “Fix You”. Vai por mim, ela odeia o Coldplay, mas sempre ouve “Yellow” quando está triste – certa vez, um ex namorado cantou essa música pra ela e sempre dizia “que as estrelas brilhavam para ela”.
Ainda acredita que quando ela gargalha, haverá céu estrelado.
E até hoje, eu também acredito nisso.
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