Quem é ela?
Ela é silenciosa, mas posso senti-la, daquela maneira sorrateira, discreta…
Ela faz mudar meus pensamentos, me sentir mais confiante e na medida em que ela chega, começo a responder várias perguntas antes tão difíceis, entretanto junto com suas dez respostas sou presenteado com cinquenta perguntas. Ainda assim sei que ela é justa.
Antes eu jamais me recusaria a perder uma noite de sábado em casa, hoje ela me faz entender que isso não é o fim do mundo. Assistir um filme em casa já num sábado a noite vira uma realidade, uma felicidade. Ela me faz ver as belezas dos domingos pela manhã e aos poucos vem me tirando da boemia.
Ela me faz querer cuidar mais de meu corpo, do meu visual, afinal perante ela não posso estar parecendo qualquer um. Ela me leva para jantar fora, e com toda tranquilidade explica que aquele pequeno prato não irá matar minha fome de ogro, e ainda assim para não me aborrecer com o valor da conta. Seu requinte me ensina a harmonizar a comida com o vinho adequado.
Fico encantado com sua sabedoria: para ela a vida não é preto no branco, mocinhos e bandidos. Sua sabedoria me adverte que o mundo possui mais do que cinquenta tons de cinza e que todos nós somos hora mocinhos, hora bandidos.
Por fim, ela me abre os olhos e o coração: não tenho mais dúvidas que prefiro o amor de uma ao desejo de tantas outras mulheres. Obrigado por estar em minha vida, minha cara maturidade.
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