Se preocupe com a sua conduta… Você não controla a dos outros!
Eu já escrevo nesse blog há um bom tempo. Três ou quatro anos, eu acho. Não sou boa assim com números e realmente não sei o tempo ao certo… Só sei que já faz um tempinho pelo acúmulo de aprendizado.
Eu aprendo escrevendo, aprendo refletindo sobre o que escrevi e aprendo principalmente com quem me lê. Eu aprendo com quem corrige meus erros, aponta minhas falhas, critica meus defeitos e até com quem afaga meu ego dizendo que esse ou aquele texto ficou muito bem feito. Eu aprendo um bom bocado de coisas e se tem uma coisa que eu realmente aprendi nesse meio-tempo é que é bem mais fácil atentar aos erros dos outros do que às nossas próprias falhas e aos nossos defeitos.
Digo isso não porque sou muito criticada. Se estivesse fazendo isso estaria repetindo o mesmo defeito. Digo isso porque desde que eu comecei a escrever, tudo o que eu mais leio são pedidos de textos para encaminhar para os outros. “Escreve sobre fidelidade para eu enviar para o babaca do meu ex“. “Faz um texto sobre a importância de ser carinhosa para eu enviar para a minha namorada“. “Escreve o manual de como deixar de ser trouxa para eu mandar para a amiga de uma amiga minha, aquela pobre coitada…”
Eu mesma já me peguei nessa um bom bocado de vezes. Já me peguei combinando palavras de rancor para escrever sobre o carinha que me sacaneou ou pensando em ideias criativas para criticar a postura da amiga, de um colega e a da vizinha… Eu já me peguei nessa comodidade infantil de analisar a conduta dos outros e dissertar sobre o quanto elas são erradas, mesmo consciente desde sempre que o reexame das condutas alheias em regra não leva ninguém a nada.
A verdade, vamos combinar, é que é um tanto confortável observar e criticar. É bastante cômodo reconhecer os erros que nós não praticamos. É fácil detectar os defeitos que nós não temos e as posturas duvidosas que não adotamos. Quando a conduta dos outros nos machuca, então… Parece que a gente tem o direito constitucionalmente tutelado de sentar e reclamar. A gente jura de pé junto que adianta. A gente acha que é realmente preciso apontar, escancarar e cutucar.
Andei pensando nisso esses dias e percebi a quantidade de energia que a gente gasta à toa repensando a conduta dos outros… A gente é bobo mesmo, né? Tanto tempo para reexaminar os nossos erros e até a maneira como reagimos aos erros que cometem conosco e nós aqui insistindo no erro bobo de tentar controlar com o pensamento as atitudes e os aprendizados dos outros…
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