Sobre as coisas que eu vivi até você chegar
Sabe aquele livro que você pegou na minha cabeceira esses dias? Aquele que você disse que está velho e mal cuidado e me prometeu um novo exemplar? Pois é. Andei folheando agora há pouco e lembrei de você. Lembrei de você e percebi que há certas coisas que eu já posso lhe falar.
Na verdade eu normalmente folheio aquele livro com certa frequência. Não é à toa que as páginas andam descolando da linha e que a capa já está meio rasgadinha. Eu o leio sempre que possível, mas agora há pouco, sabe-se lá por que, eu bati o olho nele, lembrei de você e percebi que esse é um jeito muito bonito de se lembrar.
Não sei se você sabe, mas aquele livro fala basicamente sobre amor. Não é sobre amor romântico nem sobre nhém-nhém-nhém. Ele fala sobre gostar das pessoas de um jeito generoso. É quase um livro didático. Ele usa um monte de exemplos sobre a vida de um cara e nos ensina que é importante ser bacana com os outros, sabe? Ele ensina a gostar de graça. A não querer nada em troca. Ele ensina o amor mais puro que existe. Coado, filtrado e fervido. Amor sem tapinha nas costas.
Aquele livro ensina um monte de coisas bonitas e entre elas ele explica que é importante saber esperar. Ele ensina que a gente tem que confiar no fluxo da vida. Que uma hora as coisas fazem sentido. Que pode até doer, mas em algum momento os acontecimentos vão se explicar. Ele fala que a nossa tarefa é basicamente essa: amar, evoluir e confiar.
Só sei que é um livro bonito. Tenho certeza que você conhece alguns trechos. Qualquer hora eu paro para ler mais dele com você, mas por hora eu só preciso dizer que eu sempre que eu acreditei que uma hora tudo faria sentido. O livro bem disse mesmo. Ele avisou desde o começo que todo o resto serviria para o meu crescimento, mas que eu saberia quando fosse genuíno. Ele avisou que é sobre paz, alívio e liberdade.
Todo o resto não tem a ver com amar.
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