Titanic, um filme sobre a sobrevivência do amor
“Quando o navio atracar, vou desembarcar com você.” Rose
Uma das cenas mais bonitas da última cerimônia de premiação do Oscar foi a de Kate Winslet vibrando na plateia pela estatueta que seu amigo Leonardo DiCaprio levou como melhor ator por sua atuação no filme “O regresso”. Sim, Léo venceu, finalmente, Léo venceu! Mas daquela imagem, um resgate de memória atingiu a todos nós: quem não se lembrou do filme Titanic? Jack & Rose, um dos casais mais inesquecíveis do cinema. “My heart Will do one”, essa música. Por isso, hoje é dia de relembrar aquele fenômeno de 1997, um filme que fez um sucesso estrondoso em sua época, sim época, porque já faz quase 20 anos, quanta coisa.
Titanic venceu 11 estatuetas do Oscar e foi indicado a 14. O blockbuster de James Cameron conta a historia real do naufrágio do navio RMS Titanic, e aborda o romance entre um homem e uma mulher de diferentes classes sociais dentro desse contexto trágico. Os protagonistas e boa parte dos personagens importantes do filme é fictícia, mas o filme não teria a mesma graça caso contasse a história do naufrágio de um navio sem estudar as relações humanas em seu interior.
Pensando em um filme com mais de duas horas, algo que geralmente cansa o público, e o fato dele ter arrecadado quase 2 bilhões de dólares no mundo todo, qual teria sido o segredo para tanto alcance positivo? Acredito que o principal fator é o de ser uma história bem contada, que tem uma medida temporal bem distribuída e um ritmo convincente. O capricho visual, os recursos técnicos, também contam já que viajamos no tempo dentro de um luxuoso cruzeiro de navio, e claro, a química entre o casal de protagonistas vivendo uma história de amor proibido.
“Nunca vou soltá-lo” – Rose
Algumas cenas podem ser lembradas com saudade: Jack e Rose dançando animados na festa da terceira classe, a parte em que eles fazem amor dentro do carro e o vidro embaça, o momento “I’m flying Jack”, ou a linda cena em que Jack desenha Rose nua. Uma curiosidade: nessa cena do desenho, as mãos de quem desenha são do diretor James Cameron.
E por fim, o poder da trilha sonora é outro aspecto digno de citação, já que a história de amor entre Jack e Rose não seria a mesma sem a música tema de Celine Dion “My heart Will Go on” que estacionou por um bom tempo em nossos ouvidos na época do filme. É interessante como muitos que inicialmente elogiavam o filme na época, pouco depois torceram o nariz quando seu sucesso chegou a um patamar exaustivo e uma louvação pop enjoativa. A meu ver, esse é um belo exemplo de produto de qualidade que não só cai nas graças, mas que também não subestima o mainstream.
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