Uso do Por que
Por que esperamos tanto?
Por que não vivemos o que desejamos?
Por que esperamos as condições ideais?
Por que não viver um novo amor?
Por que fazemos esses joguinhos de poder?
Por que estamos com essas fotos de um amor antigo?
Por que carregamos os cadáveres de amores antigos?
Por que permitimos que a morte chegue antes da hora?
Por que não colocamos o ponto final?
Por que não dizemos “não”?
Por que não gritamos Basta!?
Por que não criamos pontes para os sonhos chegarem a realidade?
Por que engolimos uma rotina enlatada?
Por que fazemos tudo sem prazer?
Por que ignoramos o relógio?
Por que agimos como se fôssemos eternos?
Por que adiamos o hoje?
Por que não mudamos o mundo?
Por que sempre acreditamos que falta algo?
Por que não telefonamos?
Por que apequenamos a nossa existência?
Por que ignoramos quem somos?
Por que vivemos da maneira que eles ditam?
Por que não levamos as coisas até o fim?
Por que atrofiamos a nossa esperança?
Por que temos vergonha da nossa sensibilidade?
Por que não queremos ser vulneráveis?
Por que não dizemos “eu te amo”?
Por que sentimos vergonha de precisar de alguém?
Por que?
A resposta é para a maioria das perguntas é um silêncio.
Não responder é responder.
Essas perguntas nunca deixarão de ser perguntas.
E elas moram em nosso espelho.
Uma hora não conseguiremos evitar esse confronto.
Em cada um de nós um gigante repousa.
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