Vem cá, moço
Ô, moço. É você mesmo que tava passando por aí e mexeu com meu coração distraído. Vem cá, moço. Vem e faz do meu peito seu abrigo, do meu colo travesseiro e da minha vida a sua. A nossa.
Eu sei que assusta, mas vem cá, moço. É que eu nunca vivi nada tão intenso na minha vida assim. Então não foge, não. Fica, me diz que é sim. Pra esse sentimento tão lindo que se formou. Diz que é sim pra gente. Diz que é sim pra mim.
Vem cá, moço, mas vem sem medo de ficar. A gente sabe que “ficar” é muito subjetivo, mas só hoje vamos deixar de lado a realidade. Deita aqui do meu lado, me deixa te olhar e me apaixonar por você. Por três dias. Ou sei lá, talvez pela eternidade.
Ah, moço, pega o primeiro avião, parcela as passagens no cartão, mas vem cá. Diz que a saudade apertou, que você não aguentou e vem cá. Entra por aquela porta e me dá um beijo doce, que fica salgado por causa das lágrimas. Das suas e das minhas. Da nossa história que ganhou mais umas linhas.
É que eu sou assim, moço: intensa pra caralho, me prendo nas minhas próprias paranoias que ganharam um motivo extra recentemente. Eu não vou ter vinte e poucos anos pra sempre, moço. Na próxima copa eu já vou ‘trintar’, mas eu quero que se foda o hexa, a copa e o menino Neymar, se tu disser que vem, se tu disser que vai ficar.
Eu tô te esperando pra continuar vivendo uma das coisas mais insanas da minha vida – e que só fazem sentido com tu, guri. Por isso que eu tô apelando mesmo, com essa foto que eu tirei vendo você dormir e, enquanto sua barba acariciava minhas coxas, tua presença enchia meu coração de paz.
Então vem cá, moço.
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