A cor do nosso amor

Cor do querer, que mistura e clareia de acordo com o sorriso torto dos pincéis. Pincéis que pedem céus de batom e mares de beijos melados. Todos vibrantes e malandros.

Imensidão colorida, que anseia mais e descobre lá um cavalete deserto, pronto para ser pincelado com as venturas de uma vida em tela branca. Sem regras, podemos traçar nossas invenções e nos definir como pintores da nossa própria história.

Lilás fraterno que escorre pela espátula e pinga amores no chão da nossa casa. Diz juntinho de mim. Sou o teu colorido a fazer molduras em torno das nossas felicidades irretocáveis. Querer querido, de alegrias contorcidas e dores estendidas, mas nada que o nosso deitar não resolva. Deitar tom vermelho e verde, que dorme entre nós e acorda marrom. Mistura linda de cores e amores.

Amor agitado que desordena pincéis de emoções e aquarelas de concessões dentro do nosso estojo de lençóis matizados. E que assim a nossa paleta esteja sempre preenchida e a tela que pintamos juntos nunca desbote.

Comentar sobre A cor do nosso amor