A distância mais curta entre as nossas vontades
A distância mais curta entre as nossas vontades é um chupão de língua que ela me dá toda vez que o tesão sobe. A mão já vem sorrindo boba e me pega pela bunda. Eu gosto, confesso. Inclusive, ela segura meu cabelo com força e me morde o pescoço. É safada quando quer ser, quando precisa ser. Quando convém ser. O cabelo dela cai no meu rosto e eu jogo pro lado. A essência do perfume me invade e eu fico maluco.
Ela é foda: fica respirando no meu ouvido. Inspira, expira. E geme. Me deixa maluco. Normal. É o jeito dela que eu amo. Quando dou por mim, adivinha onde está a minha camisa? No chão. Sussurro um “eu te dou casa, comida e roupa jogada, pequena”. Ela ri quando falo isso. Primeiro diz que não sei cozinhar. E comenta que só fazer brownie não adianta. Depois, fala que tem a casa dela e que eu sou muito bagunceiro. Mas não abre mão da roupa jogada.
E lá se vai mais uma peça de roupa.
Incrivelmente colados, somos a representação perfeita da resposta pra pergunta “foder ou fazer amor?”. Foder com amor, por favor. Parece uma montanha-russa. Uma maratona. Somos nós dois. Pelos olhos dela nos meus eu já sei que as costas vão sofrer. Ela é do tipo que arranha. Ela é do tipo que me embriaga com saliva e me marca a pele com gosto.
O mais engraçado é que, durante algumas conversas, nós brincamos com as vezes que não foram tão boas. Até porque, tem dias que as coisas não dão certo. Ela já chegou até a admitir que fingiu orgasmo, o que eu, particularmente, achei sem necessidade nenhuma.
Enquanto eu reclamava, ela ria e me perguntava quantas vezes eu tinha gozado sozinho e nem havia me preocupado com o prazer dela. Eu já fui egoísta na cama, admito.
Então, quando a calcinha dela finalmente voa e para do lado da minha camisa, sinto que preciso fazê-la revirar os olhos hoje. Eu quero. Eu quero dar isso a ela. E não acho que seja algo machista ou até mesmo auto-afirmação, mas quando se gosta de alguém, se quer dar tudo que ela merece. E, pra mim, minha pequena merece gozar gostoso. Tomo mais um chupão na língua e sorrio. Aumenta a vontade.
Ela sabe encurtar ainda mais as distâncias, mesmo que elas já pareçam as menores possíveis.
Comentar sobre A distância mais curta entre as nossas vontades