A gente supera o fim de um amor sim
A gente supera o fim de um amor sim. É punk. É barra. Dói para caramba. Tem hora que a gente acha que o coração vai explodir de tanto que lateja, incomoda, mas depois, passa.
Tem hora que a gente chora tanto que acha que transbordou um rio e não tem mais lágrima pra cair, e cai. E a gente sente, mente pra gente mesmo que é a última vez, que amanhã é vida nova, nada de tristeza mais e no dia seguinte… Tudo continua a desmoronar, mas passa.
A gente acha que o amor nunca mais vai nos encontrar de novo, que nada mais vai ter sentido e ser sentido como foi. Que nenhuma história vai ser tão linda, que valha a pena ser escrita e lida através da memória, mas isso passa. A gente supera.
O problema é que, muitas vezes, a gente não quer deixar passar porque tem medo de que toda a história passe junto, as coisas boas. E aí, a gente se apega à dor porque ela nos faz lembrar do que foi real.
Superar o fim de um amor que pode ter durado uma semana, dois meses, cinco anos ou trinta, porque o tempo, no amor, é medido pela intensidade, é uma luta. Uma luta onde apanhamos de nós mesmos, brigamos com a saudade, discutimos com o passado e teimamos em não aceitar um futuro sem o amor que se foi.
Escuta aqui: Vai dar tudo certo. Não tem uma data no calendário, uma previsão para a superação ou algo do tipo. É questão de querer, de fazer por onde, de chorar muito, lembrar mais ainda, mas saber deixar passar. Esquecer você não vai, eu não vou, ninguém esquece um amor.
O que dá pra fazer é entender que o que passou, passou por um motivo. Qual? Não importa. É saber que a vida é mais do que um amor perdido. É sobre amores a serem encontrados: o próprio, por uma viagem, por um novo hobbie, uma nova cidade, um outro alguém.
A gente não pode se perder ao perder um outro alguém. A vida, queridos, deve ser sempre sobre encontros. Então, encontre-se mais uma vez com o seu passado, chama a saudade, liga para o sentimento que ainda existe e conversa com eles. Explica que vocês vão conviver por um bom tempo ainda, mas que eles vão ter que respeitar os novos e bons sentimentos que virão.
Superar um amor perdido é punk, é barra, é foda. Mas viver uma vida preso a um sentimento que só pesa, intoxica, maltrata, é inaceitável.
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