Até quando você vai trair a si mesmo?

Alguns de nós sabemos que não existem mapas, caminhos certos ou errados na nossa jornada de vida. Pessoas entram e saem todo instante em nossa vida, mas somente os poucos e bons vêm para ficar. Amores vão e vêm, paixões, casos e algo inesperado pode acontecer de uma hora pra outra, aqui ou ali. Mas, e quando você diante disto tudo não percebe e trai a si mesmo? Essa ideia de que a vida é dura, difícil, ninguém nos quer e ‘meu destino é ser só’ é papo de criança, sua mãe – desculpe a expressão – pariu apenas você, não você e mais alguém. Você é figurante da sua própria vida?

Dia após dia passamos por umas espécies de aprovações, seja na hora de compartilhar algo com os nossos pais, encarar nosso chefe no trabalho ou chegar naquela garota e juntar 5 segundos de coragem pra dizer o que sente (nós queremos conhecer vocês mulheres, por saber que vocês são um mundo por si só). Algumas coisas no meio do caminho podem dar (e darão) errado, nunca essas coisas saem como planejado e quase sempre o inesperado acontece, talvez por isso a magia das coisas e das relações (Por que as melhores saídas são as não planejadas (?), por exemplo).

O ontem já passou, o amanhã é apenas uma ideia de como vai ser, mas e hoje, você está fazendo valer a pena? Já foi atrás daquela pessoa e disse o que realmente quis dizer, deu aquele abraço sincero ou realizou um ato de amor? Pare com essa ideia de fazer algo bom e esperar algo em troca, ninguém é igual a ninguém, e cada um de nós tem seu próprio mundo caótico particular para administrar. Nós somos desajustados, amamos muita das vezes de maneira errada, queremos algo que não é palpável, nos decepcionamos e acabamos nos submetendo a coisas ilógicas. E é nesse ponto que você trai a você mesmo, bebendo de uma fonte e vivendo a vida de outra pessoa, angustiada, aflita, sendo escravo do medo e da dúvida, sofrendo e se perdendo até chegar a um ponto que você não se reconhece na frente do espelho. Sério mesmo que viver é isso? Se é que podemos chamar de vida.

Amor próprio é um ótimo primeiro passo, pequenas atitudes e a simplicidade da vida nos fazem enxergar muito além do que imaginamos. Só vemos nuances quando estamos sendo o auge de nós mesmos, e o mais interessante, ninguém sabe pra onde vamos depois daqui, temos apenas alguns palpites.

Não existe fórmula para ser feliz, sentimentos ruins se farão presentes porque eles têm que cumprir sua função, cabe a você como encarar isso. Exorcize alguns demônios, desbrave, reconheça e seja quem você é, palhaço, sincero, alegre, sério, disperso, perdido, louco. Saiba quais são seus defeitos e melhore-os, as qualidades, empondere-as. Brinque, entenda seu papel nesse mundo sensacional, sorria, ame, e erre, mas lembrando das consequências de cada escolha. Seja protagonista de sua vida, porque no fim das contas é você contra você mesmo, e, acima de tudo, não vale levar uma vida em que você trai apenas, você mesmo.

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