Diz que me ama?

Vive esse amor comigo da forma mais tola possível? Mas vem me amar baixinho. Quero um amor livre, leve. Cola o teu peito contra o meu, me deixa com uma sensação doce e sorri. Pra mim. Pro mundo. Vamos viajar? Vamos ao mercado? E ao cinema? E àquela feira de antiguidades perto do centro?

Senta comigo em alguma pedra e diga o que quiser, conta da tua vida, quero só te ouvir. Fala sem pensar, quero o teu tudo, o teu imprevisível. Quero te entender, compreender tuas emoções e, só pelos teus olhos, sentir a alegria que se faz e a dor que já se fez. Pessoas lindas não acontecem por acaso. Espero que a compreensão seja a base da nossa relação e o tamanho do nosso amor seja dito sempre que possível. Eu quero escutar. Pois, assim como uma bela gargalhada, o amor não é silêncio.

E, por favor, esqueça essa gente que diz que amar é desperdício. Desperdício é ter medo de amar. Desperdício é julgar o sentimento alheio. Desperdício é se forçar a pensar antes de sentir. Eu, que escrevo e brinco de amar o impossível, sei que meu amor é perene. Mas os que brincam de desacreditar o amor certamente pouco sabem sobre como ele está presente na vida de todos e como, talvez, ganha ainda mais força quando nos esforçamos para afastá-lo.

Acontece que às vezes a gente só quer ouvir que é amado sem precisar de explicações pra isso. A gente quer lembrar por onde anda o frio na barriga e curtir esse momento como se fosse a primeira vez. E sempre é. A gente quer saber que alguém se preocupa com nossos sonhos, nossos medos, nossas loucuras… Alguém que queira nos escutar, nos entender. Pois, mesmo tendo vivido tantas coisas lindas, até hoje não descobri nada mais gostoso do que sentir-se compreendido e amado.

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