EXTRA! EXTRA! Pênis conta tudo – Uma crônica divertida sobre o dia a dia de um pênis

Prazer, eu sou um pênis. Também conhecido como Bráulio, Pau, Cacete, Piroca, Tromba, Peru, Jeba, Bilau, Bingulinho, Caralho, Membro, Mastro, Pistola, Chapeleta, Rôla e outros muitos apelidos que tenho até vergonha de dizer.

Ser um pênis não é fácil, mas, com certeza, é bem melhor do que ser um cu. Já imaginou? Eu já! Imagino sempre que meu dono contraria as leis da física e me faz caber em algum “boguinha” quase inabitável. A vida da vagina também não é nada fácil. Porém, hoje, falarei de mim.

Se você acha que a vida dos obstetras é difícil, é porque não conhece a minha. Assim como eles, estou sempre de plantão. A diferença é que, ao invés de esperar uma ligação informando que a bolsa estourou, eu sou estupidamente retirado do conforto da cueca e do meu estado de moleza, sem aviso prévio. Não existe tranquilidade na vida de um pênis. Ouço o zíper da calça abrindo e nunca sei o que vou encontrar do lado de fora. É assustador! Torço para que seja a mão do meu dono. Pois ela já me conhece bem, me segura com jeitinho e nunca me machuca. Apenas me agita feito Toddynho e sossega quando eu passo mal. Mas, nem sempre é meu dono que me usa. O filho da puta me empresta para cada coisa. A última vez, por exemplo, fui escorraçado da cueca pela mão afoita de uma virgem com o demônio no corpo. Foi muito traumático. Ela me segurou forte e me estrangulou feito um lutador de MMA. Sem nenhuma delicadeza, apertou minhas bolas. Fez isso como se eu fosse um daqueles objetos para combater o stress, sabe? Mas me mantive duro. Não desmaiei. Depois, a virgem mais esfomeada do mundo me colocou na boca e fez o pior boquete da minha vida. Ela parecia achar que quanto mais rápido me chupasse, mais prazer meu dono sentiria. Não é possível. Ela começou a aumentar a velocidade e aquilo foi me dando uma aflição violenta. O dente dela foi passando cada vez mais perto da minha cabeça. Foi amedrontador. Em certo momento, ela me sugou tão forte que pensei que acabaria descolando da base. Mas resisti à sucção daquela boca de aspirador. Porém, o pior ainda estava por vir.

Meu dono me cobriu com uma sufocante camisa de força transparente e, sem dó, começou a me bater violentamente contra o hímen daquela doida. Cara, nunca dei tanta cabeçada. E o negócio não estourava de jeito nenhum. Lá de dentro, ouvia os gritos da inexperiente mulher. Mas meu dono, afoito que só, não ligou para a dor da pobre coitada e continuou me usando como instrumento de combate. Ele tomava cada vez mais distância e ia com tudo. Juro que pensei em amolecer, mas fiquei ali, ereto e cabeçudo. E, quando já não aguentava mais aquelas colisões frenéticas, lembrei de um ditado que a bola esquerda me disse: “hímen mole e piroca dura, tanto bate até que fura”. Lembrei, respirei fundo, olhei para frente e dei a cabeçada mais forte que consegui. Furei aquele plástico à prova de pênis! Perfurei a barreira da virgindade. E, lá do fundo intocado daquela vagina, pude ouvir um grito que, provavelmente, também foi ouvido pelos vizinhos assustados. Parecia o som de um assassinato. Só que não. Era apenas eu, em mais um dia exaustivo de trabalho duro.

Que vida foda a minha, literalmente. Entretanto, também tenho meus momentos de glória. Por ser maior e mais grosso do que a média dos meus colegas, eu chamo atenção até quando estou escondido sob uma calça jeans. E, sempre que meu dono esquece um pouquinho do zíper da calça aberto, percebo os olhares femininos voltados para mim. A maioria das mulheres me olha de forma discreta. Outras, assumindo o direito inviolável que têm, não escondem a boca aberta e a vontade de me fazer caber dentro delas.

Irmão, ser um pênis não é fácil. Até contaria mais da minha vida, mas acabei de ouvir o som de um filme pornô que acabou de começar. Sei que meu dono logo vai me sacar aqui e vai me obrigar a trabalhar feito um escravo do prazer dele. Mas, se pudesse escolher, passaria o dia mole e flutuando nas águas mornas de uma banheira. Fui.

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