Sinta no ouvido a simplicidade de Tiê
Se você nunca ouviu Tiê, esqueça que é música. Imagine que é a sensação do pé na areia na primeira vez que você vai à praia naquele ano. É peculiar, porque está em algum lugar da sua memória afetiva. Ao mesmo tempo, depois de tanta meia, bota, sapato e pé apertado, parece que você nunca sentiu aquilo antes.
Assim como na vida, Tiê tem dois filhos na carreira. Discos que mostram versões diferentes da mesma mulher e que despertam sensações diferentes em que ouve. Mas irremediavelmente despertam algum tipo de sensação. Entre Sweet Jardim e A Coruja e o Coração, fico com o primeiro. Mas não dispenso o segundo.
Já formada em música, ela tinha um café-brechó quando conheceu Dudu Tsuda (Pato Fu) e logo depois Toquinho. Fez uma turnê com ele e nunca mais deixou o palco. Tem entre os seus amigos os queridinhos da chama “nova” música popular Thiago Pethit e Marcelo Jeneci (e isso não foi pejorativo. Os dois são fantásticos). Além disso, dividiu o palco com Jorge Drexler e Jason Mraz.
Todo esse currículo não afeta o que Tiê tem de mais bonito: a simplicidade. As letras são simples, os acordes são simples, a voz é simples. E tudo é absolutamente incrível. A beleza está na naturalidade.
Ouça Tiê de peito aberto. Se você conseguir, vai suspirar ao final da canção e reparar em algum detalhe que vai te fazer sorrir. Quer apostar?
OBS: Antes que você me pergunte, Tiê é o nome de um passarinho. Mas melhor do que eu explicar isso pra você é deixar a própria cantar, não é? Ouça a canção Passarinho.
“Mas em toda a história é nossa obrigação saber seguir em frente, seja lá qual direção. Eu sei”
“Melhor forma não há pra provar meu amor: eu te presto atenção, tento ser sua flor. Vem, te faço um carinho, eu te toco mansinho, te conto um segredo, te encho de beijo”
“Quando eu olhei pra cima e não te vi, não sabia o que fazer. Fui contar praquele estranho que eu gostava de você”
“Eu não tenho tempo pra ficar questionando a vida”
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