O desgaste sentimental que nos permitimos
Começo a escrever esse texto já cansada. Cansada de relações rasas, cansada de investir energia onde não há reciprocidade, cansada de não desistir de ficar quando todos já foram embora há tempo.
É isso. Você vai oferecer o seu melhor pra alguém e não vai fazer a menor diferença pro outro. Você vai se desdobrar em mil e o outro não vai ligar. Você vai esperar muito do e não vai receber nada. Você vai esperar pouco e, ainda assim, não vai receber nada.
Tem gente que dá, que recarrega, que transborda. Tem gente que tira, subtrai, desgasta. Mas, por sentimento, a gente insiste, né?! A gente tenta. De peito rasgado, ferida exposta, fratura sentimental, mas a gente tenta.
Carrega o peso do sentir por dois. O que acontece? Desgaste em dobro. Conheço várias (várias mesmo) pessoas que se desgastaram nas últimas relações. Disseram para mim: “Eu tô destruída por dentro”, “minha saúde emocional foi pro lixo”, “eu nem me reconheço mais”, entre tantas outras frases fortes, pesadas, tristes e carregadas de verdade.
Por que a gente se permite isso? Por que a gente se permite perder tanto por quem não oferece nada, só nos tira? Será falta de autoestima, amor-próprio? Será carência, medo de solidão? Por que a gente faz isso com a gente?
Essa mania de intensidade, de ser inteiro, mesmo que partido, de se entregar sem medo… Talvez seja isso. Mas, cara… Isso me preocupa. Estamos cada vez mais desgastados, relacionamento após relacionamento. E isso vale para todos os tipos de relação.
Sabe o que eu acho? Vale mais olhar pra dentro, encarar os traumas, os medos, os vazios e procurar saber o porquê da gente se permitir desgastar tanto tentando fazer o outro ficar, quando tantos outros podem chegar, ou não. A gente precisa aprender a lidar com essa inconstância da vida, com as passagens, com os “olás” despretensiosos e com os “adeus” dolorosos.
A gente precisa parar de se desgastar por quem vê a gente desaparecer bem na sua frente e não faz nada. Nada.
2 comentários abaixo sobre O desgaste sentimental que nos permitimos
Eu não sei mais quem sou eu de um tempo para cá tenho mim sentido estranha, triste, cansada, desmotivada, eu amo o meu namorado mas está tudo tão estranho ficamos sem se vê por causa da vida dele e tempo que é ruim por ele trabalhar com públicos e muitas pessoas, nus vemos todos os sábados e agora vamos começar a nos ver nos domingos por contas de responsabilidade que temos em uma ação no mesmo ambiente, sinto muita saudade mais quando finalmente vejo ele eu do nada começo a ficar desmotivada, triste, com vontade de sumir e só chorar, querendo que ele fique mais uma angústia por saber que sempre estamos no meio de família e amigos de um tempo para cá não estou tendo oportunidades de quando ele está aqui da gente conversar sobre agente fico triste e muito emotiva penso as vezes em querer terminar no momento da tristeza, hoje em dia estou estranha e não mando muito mensagem e nem ligo mais para ele por que sempre demora de mim responder as vezes está online e demora tanto para mim responder mais quando ele vem para cá mim trata bem, me abraça, me beija, eu tento conversar mais as vezes não da e mim dói por que é difícil pararmos para conversar sobre nós dois! Nosso relacionamento para mim já não da mais e talvez para ele esteja tudo bem
Difícil em!
Olá, me apresento como Claudia, mas não me conheço mais. A minha vida hoje é esperar por alguém que não a mesma perspectiva de vida COMIGO que eu tenho com ele. Dói, rasga, arde, queima…. mas eu gosto dele, mas dentro de mim depois de quase dois anos eu já desistir dele, até de mim um pouco…. continuo amando, mas ele não nos quer juntos como eu quero. Como amar alguém é querer viver longe ???? Isso não é amor. A gente acaba entendendo com o tempo…. a gente abre mão de tantas coisas para o próximo e não recebemos nada em troca. Amar é estar junto, e não viver de saudade ,de Falta de tempo. Sai pra lá..