O fim de um amor é o começo de uma saudade

A história chegou ao fim, cada um foi para um lado, talvez até para o mesmo, mas separados.

Havia todo um planejamento de como seriam os dias futuros, a próxima viagem estava marcada, os ingressos do cinema comprados para a estréia daquele filme que vocês tanto falavam e aguardavam. As compras de supermercado ainda dariam para duas pessoas, os amigos que viraram comuns também se entristeceram e ficaram sem saber o que fazer.

E o que fazer? Você se pergunta e se pergunta também como o outro está passando os dias. Você se pega pensando: “Será que ele jogou fora as nossas fotos”?, “Quando ele ouve ‘Wonderwall’, lembra de mim”?

Quando chega o fim, passamos a ser assombrados por dúvidas que não mais são nossas e ainda assim dóem e se fazem presentes.

Você sabe que escondeu uma foto dentro do seu caderno de pensamentos e apagou o restante, mas fica imaginando se ele fez o mesmo. Você sabe que sempre que passa Senhor dos Anéis, você lembra dele, mas você se pergunta se ele lembra de você assistindo com ele inúmeras vezes.

Você tenta buscar o outro naquilo que sobrou, como se as migalhas te levassem, de novo, ao caminho do encontro. Mas a vida não é assim e o amor muito menos.

A história acabou. Você seguiu, ele seguiu e é isso. O que cada um faz com o sentimento que ficou, com as lembranças construídas, com as marcas adquiridas, é coisa de cada um.

Talvez ele pegue os ingressos e vá sozinho ao cinema, guardando o outro no bolso. Talvez ele não guarde nenhuma foto, talvez ele coloque a música para tocar para lembrar de você. Não dá pra saber.

Quando uma história chega ao fim, a única coisa que sabemos é que começou uma saudade.

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