Ou vai ou volta, só não fode mais com a minha vida
Algumas pessoas reaparecem do nada. É tipo um sexto sentido usado para embaralhar nossa cabeça e estragar de vez (mais uma vez) a tentativa de seguir. Essas pessoas, que parecem ter uma bola de cristal com wi-fi ligado na nossa vida, na maioria das vezes enxergam tudo em cima do muro – de onde não parecem querer sair. A ideia deve ser mesmo atazanar tudo.
Nessa hora, é sempre bom olhar pra dentro de nós mesmos e nos fazermos a seguinte pergunta: vale a pena o desgaste emocional de deixar que alguém consiga fazer toda essa bagunça no nosso peito?
A resposta vai tender sempre pro lado do “não”, mas quem é que consegue controlar o coração e colocar esse bloqueio – não apenas em redes sociais – quando alguém reaparece assim?
A pessoa parece ter a chave e o cadeado, a faca e o queijo, a senha e login. Tudo.
Aos que deixam a carência falar mais alto e se entregam para viver o “revival”, desejo que isso não foda de vez a tranquilidade e roube o que se construiu de paz. Que gozem pelo menos. Aos que conseguem se blindar e acham que não dá pra ficar cedendo toda vez que isso acontece, torço para que o arrependimento não chegue. E aos que pedem ajuda aos amigos e a quem está próximo, quero dizer que apenas vocês mesmos podem fazer alguma coisa.
Ninguém mais pode.
Faz enorme diferença, então, saber o que se quer. Quando você fecha a porta para o seu passado e se permite viver o novo, a nostalgia pode até te alcançar, mas não te fará voltar. Não que voltar seja algo ruim, mas o grande problema é não conseguir ir para lugar nenhum. Não se segue, não volta, não se define, apenas se rala um pouquinho mais o que restou do sentimento.
Agora, se for inevitável o Amor que se sente, bata o pé, seja firme e não ligue para o que os outros dizem: volte. Há sempre um risco independente do caminho que se escolha seguir. Viver é exatamente isso: aprender a andar na corda bamba das nossas escolhas, sempre avaliando o peso que conseguimos carregar enquanto nos equilibramos.
Tentando não cair em tentação, claro.
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